O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, assumiu que votará no candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, no próximo dia 28. Até agora, Blairo vinha mantendo postura neutra em relação às candidaturas à Presidência.
Antes das votações do primeiro turno, no dia 7, Blairo evitou se posicionar quanto à decisão da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) em declarar apoio a Bolsonaro. Até então, em fidelidade ao governo de Michel Temer, mantinha apoio ao candidato do MDB, Henrique Meirelles.
Blairo é o segundo ministro de Temer que declara voto em Bolsonaro. Na segunda-feira, 15, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), em entrevista no Palácio do Planalto, afirmou que tem "recomendado aos seus amigos" o voto no candidato do PSL, sob o argumento de que seu "pensamento encontra mais sinergia" com as colocações de Bolsonaro.
Questionado pela reportagem sobre o voto em Bolsonaro, Blairo Maggi confirmou seu voto no candidato. O ministro negou, porém, especulações de que seu nome estaria sendo cotado para continuar à frente da Pasta, caso o candidato seja eleito presidente. Segundo Blairo, não há nenhuma conversa sobre esse assunto.
Duas lideranças do agronegócio ouvidas pela reportagem também disseram ser "difícil" ter Blairo Maggi à frente da Pasta em um eventual governo Bolsonaro. Dono do Grupo Amaggi, uma das maiores empresas do setor, Blairo não tem nenhuma proximidade com o capitão reformado.
Nesta terça-feira, 16, Bolsonaro voltou a pedir que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne atualmente 210 deputados e 26 senadores em exercício, indique um nome para assumir o Ministério da Agricultura caso vença as eleições..