Coordenador das candidaturas de militares das Forças Armadas e deputado eleito por São Paulo, o general Roberto Sebastião Peternelli Júnior (PSL) afirmou que os partidos com as maiores bancadas na Câmara em janeiro - o PSL - e no Senado - o MDB - devem presidir as respectivas Casas. Ele defendeu a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a presidência da Câmara. Filho do presidenciável Jair Bolsonaro, Eduardo foi reeleito com 1,8 milhão de votos.
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General eleito pede impeachment e prisão de ministros do STFProcuradoria reage a general que criticou órgão e IbamaBolsonaro critica Mourão e afirma: 'Ele é general, eu sou capitão, mas eu sou presidente''Estamos com uma mão na faixa', diz Bolsonaro após visitar sede da PF no RioA decisão de indicar Eduardo Bolsonaro para presidir a Câmara foi fechada em reunião da bancada paulista do PSL - o partido elegeu dez deputados federais no Estado. "Teremos a maior bancada em janeiro e temos o deputado mais bem votado, Eduardo Bolsonaro. Mas quem vai decidir isso será o Jair", disse o general.
A disposição de fazê-lo presidente da Casa foi confirmada pelo senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).
Assembleia
Além dos deputados federais eleitos, os 15 estaduais do PSL participaram do encontro, entre eles o capitão reformado do Exército Castelo Branco. Na semana passada, Castelo Branco afirmou que o nome da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) deve ser indicada pelo partido para presidir a Assembleia Legislativa de São Paulo. "Ela deve ser a primeira mulher a presidir a Casa", afirmou o capitão.
O PSL fez 15 deputados estaduais em 2018, o que significa a maior bancada da Assembleia Legislativa na próxima legislatura. Janaína Paschoal recebeu mais de 2 milhões de votos e foi a deputada estadual mais votada da história. Segundo Olímpio, que é ainda o presidente do PSL paulista, a escolha se deu por unanimidade na bancada.
"Os mais de 2 milhões de votos dela arrastaram junto mais da metade da bancada, já que a cada 210 mil votos entrou mais um parlamentar. Ela é madrinha da maioria dos deputados", disse Olímpio. Ainda segundo ele, a tradição da Casa também é de que a maior bancada faça a indicação do presidente.
Salários
Além de se preocupar com a eleição dos presidente das duas Casas do Congresso, a bancada do PSL terá de enfrentar uma pauta delicada logo no início da próxima legislatura. "Teremos uma pauta difícil no começo do governo", afirmou o general Sebastião Peternelli, ao se referir às decisões que o futuro presidente deve tomar sobre o aumento do salário mínimo, o reajuste do funcionalismo público e manutenção ou não do subsídio para o diesel para os caminhoneiros.
"Não adiante você conceder um aumento que não há viabilidade de ser executado. Há uma defasagem de 15 anos no soldo. A caserna vai compreender. Não podemos pensar, o foco do presidente é o bem comum, o Brasil.
Diante da perspectiva de invasões de propriedades públicas e privadas durante manifestações, o general afirmou defender que essas ações - tanto no campo quanto na cidade - sejam tipificadas como terrorismo, como propõe Bolsonaro. "É preciso cumprir a lei", disse. "Se a legislação atual não está sendo suficiente para inibir essas invasões, você precisa mudar para que a lei branda não a estimule as invasões. É preciso dar tranquilidade ao homem do campo", afirmou.
O general defendeu, por fim, que o Congresso vote e regulamente a prisão de réus após a condenação em segunda instância, tema ainda em discussão no Supremo tribunal Federal..