O candidato do Partido Novo ao governo de Minas, Romeu Zema, voltou a reclamar de ataques que tem recebido durante a campanha de segundo turno. Nesta quarta-feira, em agenda em Ipatinga, Vale do Aço, ele afirmou que o contra-ataque é fruto da boa colocação obtida, já que venceu o primeiro turno.
“Só não me acusaram ainda de ser canibal e vampiro. Do resto eles já me acusaram. E com certeza vão inventar mais coisas. Isso é desespero de quem vai perder os privilégios, mordomias, que já estavam acostumados com elas há mais de 20 anos”, declarou.
Ao se encontrar com lideranças da região, o candidato recebeu uma lista com demandas e afirmou que a prioridade em seu eventual governo será normalizar os repasses e o pagamento dos servidores. Investimentos e novas obras só serão a “médio prazo”. O candidato, no entanto, não estipulou a partir de quando os investimentos serão retomados.
“Falar que o estado vai ter recursos para fazer investimento em um curto tempo seria uma ilusão. Eu quero colocar em dia aquilo que o estado já deveria ter pago, que é o salário do funcionalismo público, o salário da professora, do policial, o repasse para as prefeituras. Essas vão ser minhas prioridades”, afirmou.
A expectativa dele é que diante das dificuldades em caixa as Parcerias Público-Privadas (PPP) possam funcionar como solução nesse intervalo de dificuldades em caixa. Outra medida citada por ele como a ser implantada, caso eleito, é que a redução da carga tributária.
Contudo, Zema considera que inicialmente isso não será possível, mais uma vez por causa das dificuldades de arrecadação. O rombo esperado para o próximo ano, segundo Orçamento encaminhado à Assembleia de Minas pelo governo de Minas é de R$ 11,4 bilhões.
Ele reclamou também que a atual legislação acaba colocando empecilho para o crescimento e investimento dos empreendedores. O candidato citou a morosidade e entraves ambientais como situações de dificuldade. “Parece que nosso poder publico se isolou e não sabe a realidade de quem trabalha e quem gera emprego”, disse.