O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, recebeu a visita dos médicos Antônio Luiz Macedo e Leandro Echenique, do Hospital Israelita Albert Einstein, na manhã desta quinta-feira, em sua casa no Rio.
Os dois realizaram exames no presidenciável durante pouco mais de uma hora e saíram sem dar qualquer declaração. Procurados mais tarde, os médicos disseram que a participação nos debates depende do candidato, já que do ponto de vista clínico ele está liberado.
Pouco depois, Macedo distribuiu a seguinte nota: "O candidato a presidência Jair Bolsonaro foi submetido hoje a avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, que se mostraram estáveis. Apresenta boa evolução clínica e a avaliação nutricional evidenciou melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia."
Contudo, procurados por jornalistas, os médicos afirmaram que a decisão sobre a participação nos debates cabe ao candidato. Eles relataram que existem pacientes expostos ao mesmo tipo de procedimento, a colostomia, que reagem bem e outros que se sentem fragilizados. Mas do ponto de vista clínico o candidato está liberado.
Segundo o médico Antônio Macedo, o único "fator limitante" é a bolsa de colostomia que Bolsonaro ainda carrega. Mais tarde, o médico disse ao Estadão/Broadcast que uma eventual restrição para agenda externa "depende de como ele (Bolsonaro) se sente para ficar longo tempo fora do domicílio". Ou seja, a avaliação seria pessoal.
Após ser atingido por uma facada em 6 de setembro e passar por duas cirurgias, o candidato do PSL perdeu 15 quilos. Ele já recuperou boa parte de seu peso e, aos poucos, têm retomado agenda de campanha fora de sua casa.
Na segunda-feira, 15, Bolsonaro esteve na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Dois dias depois visitou a Arquidiocese do Rio e a Superintendência da Polícia Federal, também na capital fluminense.
Na quarta-feira, 17, Bolsonaro declarou que aguardaria a visita dos médicos para decidir se aceitaria ir a debates com Fernando Haddad (PT). Na ocasião, porém, admitiu que poderia faltar aos encontros mesmo se tivesse alta por questão de "estratégia".
Com Estadão Conteúdo