Candidatos nas eleições deste ano declararam oficialmente gastos de ao menos R$ 3 milhões para impulsionar, em grande escala, conteúdo de suas campanhas por meio do WhatsApp. Foram contratados serviços de disparo de até 1 milhão de mensagens de uma só vez de uma série de empresas e até a compra de listas de telefones - o que é ilegal.
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Esquema de mensagens de WhatsApp pró-Bolsonaro será investigado pelo MPContra 'fake news', PSOL pede que TSE suspenda uso do WhatsApp no Brasil WhatsApp diz em nota que investiga suposto disparo de mensagens contra HaddadNeste caso, o total de despesas foi de R$ 67 milhões até o momento - a maior parte foi para o Facebook, o que não é ilegal. Os dados também ainda estão sendo atualizados.
A legislação eleitoral (Lei das Eleições) impede que empresas cedam cadastros eletrônicos em favor de candidatos. O WhatsApp já excluiu centenas de milhares de contas no período eleitoral deste ano no Brasil por este tipo de prática.
O candidato que mais gastou com o serviço de maneira declarada foi Geraldo Alckmin (PSDB), que afirmou ao TSE ter gasto R$ 991 mil com a contratação da PagEletro para o disparo de mensagens via WhatsApp. O proprietário da empresa, Pedro Freitas, diz que só foi responsável pelo disparo de conteúdo a partir de um banco de dados da campanha. Alckmin foi procurado, mas não comentou.
Por R$ 50 mil, o candidato ao Senado Dinis Pinheiro (Solidariedade-MG) contratou o envio de 1 milhão de mensagens - número mais alto dentre os candidatos.
Alexandre Nascimento Ferreira, proprietário da Proximesenger Tecno, afirma que trabalhou em cerca de 35 campanhas este ano. Ferreira diz que já foi abordado até para o compartilhamento de fake news, mas negou o serviço.
Segundo funcionário de outra empresa, há listas oferecidas a partir de informações compradas de fornecedores de bancos de dados, privados ou públicos, que podem ser filtrados até por cidades-alvo.
Os serviços oferecidos são diversos. Há de "assessoria de inteligência" a "aluguel de plataforma informatizada" que faz esse tipo de serviço. Outra forma de viralizar as informações é por meio de SMS - foram feitas ao menos 144 compras do tipo. Em uma das empresas consultadas, o envio de 20 mil mensagens custa R$ 139,90 por mês. Depois disso, paga-se mais R$ 4,90 a cada 1 mil extras. As informações são do jornal O Estado de S.