O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, nesta sexta-feira, que está perto de firmar parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no combate às ‘fake news’ em redes sociais, principalmente no WhatsApp. A universidade conta com projeto que atua no monitoramento de casos de abuso de propagandas e uso de robôs na internet.
O TSE analisa ações que pedem a investigação de empresas que compraram pacotes de disparos em larga escala de mensagens no WhatsApp contra o PT e o candidato à presidência da República Fernando Haddad. O caso foi revelado em reportagem da Folha de São Paulo, na quinta-feira.
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Em reunião no TSE, PT pede pressa em ações que denunciam fake newsTSE adia para domingo coletiva de imprensa sobre questionamentos nas eleiçõesContra 'fake news', PSOL pede que TSE suspenda uso do WhatsApp no Brasil PT entra com pedido de investigação no TSE e pede inelegibilidade de BolsonaroWhatsApp teve efeito limitado no 1º turno da eleição, afirma IbopePGR pede inquérito sobre fake news relacionadas a Bolsonaro e HaddadTSE abre investigação proposta pelo PT contra campanha de BolsonaroDurante a semana, representantes do TSE, da Polícia Federal, da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério Público Eleitoral e do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa estiveram reunidos com Benevenuto. O professor explicou que os sistemas desenvolvidos são inovadores e podem ajudar a conter a disseminação de fake news.
Ele conta que o projeto cria um banco de dados público que cruza as propagandas e analisa publicações, verificando a utilização de robôs - chamados de bots - para elevar os números de visualizações e o engajamento nas campanhas. No WhatsApp, a ferramenta monitora as informações repassadas em grupos públicos.
“São ferramentas que abrem as caixas pretas dentro destas redes sociais. Em especial, em como as campanhas políticas ocorrem e tornam isso público e de fácil acesso para quem quiser investigar e analisar se há alguma coisa indevida”, apontou.
Nos laboratórios de Ciências da Computação da universidade, o grupo analisa mensagens e propagandas publicadas no WhatsApp, no Facebook e no Twitter. “No caso do Facebook, temos vários outros problemas, mas o mais grave seriam os anúncios. É possível fazer marketing direcionado de maneira muito agressiva” disse Benevenuto à TV UFMG.
WhatsApp notifica agências e contas são banidas
Nesta sexta-feira, o WhatsApp anunciou que notificou extrajudicialmente as agências, determinando que as empresas parem de fazer o envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet para aumentar o alcance de grupos na rede social.