Jornal Estado de Minas

TRE de Minas Gerais realiza auditoria e prova que não houve irregularidades nas urnas


O resultado da auditoria extraordinária realizada nesse sábado, em Belo Horizonte, em três urnas eletrônicas usadas na eleição em 7 de outubro, não apontou irregularidades, indícios de fraude ou defeitos. O procedimento aconteceu na sede do Tribunal Regional Eleitoral, a partir de 8h da manhã, com 20 eleitores convidados. O objetivo é demonstrar a segurança dos programas e equipamentos de votação utilizados no primeiro turno no país.

Depois da análise do registro de voto em cada um dos terminais na auditoria, é emitido um boletim de urna, que é comparado ao boletim gerado no dia da eleição, a fim de verificar se são idênticos. A apuração da urna da 134ª seção, da 33ª zona, de Belo Horizonte, que estava na Escola Estadual Bueno Brandão, onde aconteceram reclamações e boletins de ocorrência do momento do pleito, foi concluída um pouco antes das 19h desse sábado. Outra urna, da 28ª seção, da 248ª zona, de Santa Rita do Sapucaí, que funcionou na Escola Estadual Doutor Delfim Moreira, teve o resultado divulgado às 17h. Já a urna de Betim, da 380ª seção, 319ª zona, ativa na Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro, terminou às 19h30.

Mesmo com percalços e insatisfação de algumas pessoas no domingo eleitoral, o desfecho da checagem mostrou que não aconteceu nenhuma anormalidade, tanto na votação quanto na apuração.

A auditoria reproduziu a votação e a utilização das urnas nos mesmos moldes do primeiro turno e as urnas receberam os mesmos números de votos que foram registrados originalmente em cada uma delas. A simulação da votação, que foi filmada continuamente, comprovou que cada voto foi registrado na urna sem qualquer inconsistência nos dados e que a soma, ao final, correspondeu ao que ocorreu no primeiro turno, com todos os votos aproveitados normalmente.

Acompanharam o processo o procurador regional eleitoral, Ângelo Giardini, juízes eleitorais de Belo Horizonte e Betim, promotores eleitorais, a Polícia Federal, representada por um delegado e um perito, representantes da Polícia Militar, de partidos políticos e da imprensa. A auditoria foi conduzida pela juíza Roberta Fonseca, que preside a Comissão de Auditoria do Voto Eletrônico do Tribunal.

"Um processo eleitoral seguro interessa a todos nós. Porque antes de sermos juízes e servidores, somos cidadãos e merecemos um processo com lisura”, disse a juíza Roberta Fonseca, na abertura do evento. "O que estamos demonstrando com esse procedimento é que respeitamos o eleitor.
O eleitor mineiro é ouvido e respeitado, é dono e principal ator nesse processo. Isso aqui é uma resposta ao eleitor e esperamos que ele conheça melhor e confie mais no processo. Tudo é feito de modo transparente. Não podemos forçar a confiança do eleitor, ele tem o direito de desconfiar e nós a obrigação de prestar informações", ponderou o diretor geral do TRE, Adriano Denardi Júnior. .