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Estado de Minas

Simpatizantes de Bolsonaro se reúnem na Praça da Liberdade; Zema participa do ato

O candidato ao governo de Minas diz que participa do ato porque vai votar em Bolsonaro no segundo turno. Na chegada, Romeu Zema foi vaiado e chamado de 'oportunista'


postado em 21/10/2018 11:02 / atualizado em 21/10/2018 16:52

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )

Milhares de pessoas participaram na manhã deste domingo de um ato na Praça da Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, de um ato  a favor da candidatra de Jair Bolsonaro (PSL) a presidente da República. A manifestação também ocorreu em pelo menos outras nove capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Vitória, Belém, Recife, Maceió, Goiânia - e em Brasília, além de cidades como Jundiaí, Araçatuba, São José do Rio Preto, Mogi das Cruzes, Itu, Ribeirão Preto, Santa Isabel, Vila Velha, Londrina e Varginha.

Os simpatizantes portaram bandeiras do Brasil, faixas e cartazes contra o PT e blusas com as cores verde e amarela. Um carro de som tocou os hinos Nacional, da bandeira e das Forças Armadas. Blusas com a foto de Bolsonaro eram vendidas a R$ 20. 

 

O ato foi organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem pra Rua. Os organizadores estimaram o público em 50 mil pessoas, número não confirmado pela Polícia Militar. 

Do alto de um trio elétrico, apoiadores do capitão reformado do Exército se revezaram em discursos inflamados. O deputado federal Marcelo Alvaro Antonio (PSL) – coordenador da campanha presidencial em Minas Gerais – pediu votos para derrotar o PT e afirmou que a executiva nacional do PSL está com a “consciência tranquila” que fez toda a campanha seguindo a legislação eleitoral.

Ele referia-se a denúncia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo de que houve caixa 2 patrocinado por empresas para o envio de mensagens de WhatsApp contra o PT.

A jornalista e deputada federal eleita por São Paulo Joyce Hasselmann veio a Belo Horizonte para participar do ato. Fortemente aplaudida pelos participantes do evento, ela afirmou que os aliados farão campanha para Bolsonaro até o último minuto “enquanto ele está descansando”.

“Temos que dar uma resposta para a esquerdalhada maldita”. Do alto do trio, jogou flores brancas no público, segundo ela, para mostrar que o candidato quer “paz”. “Eles o chamam de machista, homofóbico, fascista, misógeno. Mas quem foi esfaqueado e está em casa?”, afirmou Hasselmann. “Não adianta nos atacar porque nós estamos preparados”, continuou.

Entre as participantes da manifestação estava a socióloga Bárbara Sampaio Costa, de 63 anos. Ela contou que saiu às ruas em 2016 para pedir o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT)  e agora fez questão de participar do ato deste domingo para "tirar o PT do poder de vez". 

 

Eleitora de Jair Bolsonaro, ela reconheceu que o deputado federal, no entanto, não é melhor nome para ocupar o Palácio do Planalto. "Não acho que ele é o ideal. Mas no momento, minha luta é para tirar o PT do poder", justificou a socióloga. Bolsonaro disputa o segundo turno das eleições contra o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT). 

Já a auxiliar de pessoa Andreia Nunes, de 43 anos, levou uma faixa com a frase "Sou mulher e apoio o Bolsonaro. #Elesim", em alusão ao movimento #Elenão, organizado por mulheres em todo o país. "Como mulher não me sinto ofendida por nada que ele fala. Ele é um candidato super correto, que representa tudo que os brasileiros de bem querem". 

 

Governo de Minas

O candidato a governador de Minas Gerais, o empresário Romeu Zema (Novo), que já declarou apoio a Jair Bolsonaro, participa do evento. Na chegada dele à Praça da Liberdade houve um princípio de tumulto. Manifestantes o avistaram e gritaram "Fora Zema" e "Fora PT". Ele ainda foi classificado de "oportunista".

(foto: Jair Amaral/EM/D. A Press )
(foto: Jair Amaral/EM/D. A Press )

Os gritos contrários foram abafados pelos apoiadores. Questionado sobre a reação dos manifestantes, Zema afirmou que é "natural" e que em uma democracia “ninguém satisfaz a todos”.

A hostilidade ao candidato se deveu a declarações recentes de Zema de que aceitaria um apoio do governador Fernando Pimentel (PT) neste segundo turno. Diante da reação negativa à afirmação entre eleitores e até mesmo no partido, Zema tem dito que não dispensa o voto de qualquer eleitor, mas se nega a fazer qualquer tipo de acordo eleitoral ou "balcão de negócios" com o PT. 


Próximo à Praça da Savassi ainda foi montada uma tenda para a distribuição de adesivos e santinhos do Partido Novo, ao lado de material de campanha de Bolsonaro. 

 

 


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