O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou na manhã desta terça-feira, 23, em entrevista à Rádio Guaiba de Porto Alegre, que se as urnas confirmarem seu favoritismo neste domingo, 28, e ele vencer as eleições, vai pegar um "país destroçado, principalmente do ponto de vista econômico". E culpou as gestões do PT por este cenário.
Na sua avaliação, não é apenas o Executivo Federal quem sofre os reflexos da má gestão petista, mas também os Estados, que no seu entender receberão igualmente "a herança maldita do PT". Bolsonaro alegou que a estratégia de sua campanha é não empenhar apoio neste segundo turno a candidaturas aos governos estaduais. "Manterei a neutralidade", disse, sob alegação de que se for eleito no dia 28, vai governar para todos.
Na entrevista, o candidato do PSL rebateu as críticas que estão sendo feitas à sua campanha, destacando que o PT não pode lhe chamar de corrupto. "Tudo que tinha de ruim e de terrorismo, na década de 80, quando eu já atuava no Exército, se juntou ao PT, quando esse partido foi criado." O militar da reserva disse que o adversário "prega a distribuição da miséria, quer controlar a mídia" e, por essas e outras razões é oposição a esse tipo de pensamento. "Não às pessoas, porque elas mudam."
Além do PT, o capitão da reserva criticou também o PSDB, lembrando que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que não votaria em sua candidatura. "O PSDB e o PT são semelhantes, e eu sou a oposição a tudo isso, emendou, dizendo que é esse o motivo de estar na liderança da preferência do eleitorado do País - e que espera que as urnas referendem isso neste domingo.
Bolsonaro falou também do episódio envolvendo seu filho, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro, que disse que para fechar o STF bastava um soldado e um cabo, dizendo que já o repreendeu e voltando às críticas ao PT: "Foi o PT quem falou em fechar os tribunais, com o controle da Justiça que está previsto em seu plano de governo. Não somos ameaça à democracia, ao contrário, somos a garantia da democracia", destacou.
Na entrevista, o candidato do PSL desmentiu que sua campanha esteja fazendo uso de pacotes de mensagens do WhatsApp contra o adversário do PT, disse que é fake news a informação de que pretende cobrar mensalidade de universidades públicas e voltou a justificar a não ida aos debates, em razão de seu estado de saúde.
"Existe risco à minha saúde se eu ficar estressado, além disso não vou debater com o pau mandado do Lula", emendou. Bolsonaro reiterou que se eleito irá extraditar, dentro da lei, Cesare Battisti. "Vou mandar esse terrorista de volta pra Itália", garantiu.