O último bloco do debate SBT/Folha/UOL para o governo de São Paulo foi marcado por pequenas rusgas entre os candidatos João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB), as poucas de todo o encontro. Enquanto o tucano tentou relacionar o governador com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o pessebista disse não defender invasão de terra.
Na semana passada, França recebeu o apoio do MST e de diversos outros movimentos sociais. Doria, então, utilizou o fato na campanha da TV e nos debates da Band e da RedeTV!.
No encontro de hoje, ele disse repudiar o MST e se colocou como apoiador do agronegócio. Foi quando França rebateu e disse que o setor, citando os produtores de açúcar e de álcool, vai ter um "grande aliado" se ele for reeleito. Ele também disse que "não trata pessoas com agressividade" em reintegrações de posse.
Outro ponto de divergência foi quando França buscou associar Doria à piora das condições dos servidores do Estado. Enquanto o governador disse querer que os funcionários públicos paulistas sejam os mais bem pagos do País, o tucano afirmou que a desestatização que pretende colocar em curso não levará ao desemprego.
França também disse que o governo de São Paulo está liberando pagamento de quase metade de precatórios e que apoia "a população pobre". Ao perguntar a Doria sobre o programa Bom Prato, o tucano disse que o projeto é do PSDB e que pretende ampliá-lo ao oferecer refeição noturna em todas as 56 unidades.
Nas considerações finais, Doria defendeu mais uma vez o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e programa econômico liberal dele. "Defendo que o Brasil possa criar seu destino com esperança", disse.
França, por sua vez, disse que o debate foi um "encontro com a verdade". "São Paulo é um país dentro de um País. Temos de dar exemplo ao Brasil", disse.
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