O ministro de Secretaria de Governo, Carlos Marun, negou que o Palácio do Planalto tenha desistido da nomeação de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal por pressão da equipe do candidato Jair Bolsonaro (PSL), como informou reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo Marun, ele não recebeu pedidos de Bolsonaro nem de Fernando Haddad (PT), e não mantém contato algum com as campanhas. "Não sei a quem seria dirigido esse pedido (de congelar nomeações). Se esse pleito chegou (no Planalto), não foi através de mim", disse Marun.
Ele afirmou que avaliou que "não seria positivo" fazer substituições na Caixa neste momento, inclusive porque o banco participa de grande parte da execução de obras anunciadas nesta quarta pelo governo. "A princípio, deixaremos para o próximo governo (as nomeações)", disse.
O governo anunciou nesta quarta-feira que vai remanejar aproximadamente R$ 1 bilhão em verbas dentro do orçamento para dar um impulso extra a um conjunto prioritário de obras públicas. O projeto ganhou o nome de "Chave de ouro".
Entre as obras está a entrega do Aeroporto de Macapá (AP); a conclusão da travessia urbana de Porto Velho; a modernização do Porto de Vitória (ES); a inauguração do hospital de Aparecida de Goiânia (GO); e iniciar as obras do projeto Sirius, laboratório de luz síncroton de 4ª geração em construção dentro do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).
Outro objetivo é terminar as obras da nova ponte sobre o rio Guaíba, em Porto Alegre (RS), porém o governo ainda negocia o reassentamento de pelo menos 100 famílias na região. O presidente quer, ainda, iniciar a construção de duas pontes na fronteira entre o Brasil e o Paraguai: uma em Foz do Iguaçu, que está pronta para ser construída, e outra entre a cidade de Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai.
Temer também pretende incluir eventos em sua agenda como o lançamento ao mar do Submarino Riachuelo, previsto para o dia 12 de dezembro. O evento já estava previsto pela Marinha há alguns meses..