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Estado de Minas

Zema e Anastasia trocam farpas no último debate do 2º turno

Troca de farpas e comentários irônicos entre os dois candidatos marcaram o programa


postado em 25/10/2018 22:15 / atualizado em 26/10/2018 00:15

(foto: Marcos Vieirai/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieirai/EM/D.A Press)

Os candidatos que concorrem ao governo de Minas no segundo turno, Romeu Zema (Novo) e Anastasia (PSDB) participaram na noite desta quinta-feira do último debate antes da data do pleito. Em tom bélico, o embate foi marcado pela troca de farpas e ironias entre os dois concorrentes. O tucano tentou colar a imagem do adversário como "candidato dos ricos" e "sem experiência". Por sua vez, Zema quis associar o tucano ao senador Aécio Neves (PSDB) e a classe política, demonizada representante do Novo.

O programa já começou com Antonio Antasia perguntando a Zema se ele está preparado para ser governador. O candidato do Novo se esquivou da resposta inicialmente e respondeu disse que estava sendo atacado no segundo turno e que até integrantes da família dele foram envolvidos. Ele ainda disse que o candidato do PSDB tem plano de governo com “propostas vagas”, mas disse que andou por todo o estado e por isso estaria preparado para assumir o Palácio da Liberdade.

“Estou impresisonado por ver como eles são baixos e veem que vão perder os privilégios e os cabides de emprego isso agora vai terminar. Fui vítima de baixarias de coisas que numca imaginei na vida”.

Na tréplica, Anastasia disse que Zema era “candidato ioiô”, já que dizia e depois voltava atrás em relação às propostas.

Ainda no primeiro bloco, Zema perguntou a Anastasia sobe a participação dele no governo de Aécio Neves (PSDB) e o aumento de impostos que resultaram na elevação do preço da gasolina no estado. O tucano disse que o adversário, por sua vez, era novato e isso poderia trazer problemas na condução do governo. “(Zema) é candidato que surgiu agora”.

Para contra-atacar, o candidato do Novo disse que seu jeito tem inspirado até Anastasia na forma de se vestir. “Nos outros debates ele ia de terno e de gravata, depois ele tirou a gravata e agora já tirou o blazer”, disparou. Anastasia retrucou e disse que o adversário estava se revelando como “grande estilista”.

Anastasia questionou Zema sobre a filiação dele ao PR e se a informação também seria tratada de “fake news”, como ele tem dito em relação a algumas notícias divulgadas. O candidato do Novo afirmou que a filiação foi feita a pedido de um parente, mas que ele não lembrava do fato, ocorrido há 19 anos. “Nunca tive nenhuma atividade política, estou aqui como candidato ao governo de Minas e quero fazer diferente”, afirmou.

Já Anastasia declarou que teve bom desempenho em sua passagem pelo senado e governo do estado. O tucano ainda afirmou que a campanha de Zema é que usa de falsas acusações. “15 das 16 ações nós ganhamos”, disse, e ainda classificou Zema como “menino chorão”.

Ainda de acordo com Zema, Anastasia tem o hábito de não cumprir os mandatos, já que deixou o governo de Minas e agora está deixando o Senado para concorrer ao governo do estado. “É tudo um grande jogo político”.

No segundo boco, o clima quente seguiu entre os dois candidatos. Sobre Saúde, Anastasia afirmou que o adversário estava “agressivo”, mas que isso fazia o programa ficar “mais animado”.

O tucano disse não paralisou obras dos hospitais regionais, o que teria ocorrido no atual governo de Fernando Pimentel (PT) e acusou o adversário de ter a intenção de privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS). Por sua vez, Zema diz que se trata de “mentirada danada”.

De acordo com ele, o estado fará convênios com entidades particulares e, com isso, oferecer mais acesso.”Se depender do estado fazer vai levar 10 ou mais anos”, disse o candidato do Novo. Na tréplica, Anastasia disse que na proposta de Zema quem não tem plano de saúde vai ficar a ver navios”, disse.

Sobre o ensino público, os candidatos seguiram no mesmo clima de troca de farpas e usando o plano de governo como ponto. Anastasia leu trecho do plano de Zema, que afirmou que o texto, na verdade, era antigo e que já havia feito alterações. A questão da possibilidade de privatizar o ensino foi a tônica da troca de acusações entre os dois candidatos.

No terceiro bloco, Anastasia acusou Zema de usar as lojas da propriedade dele para fazer campanha, o que teria sido inclusive alvo de representação. “Isso infringe gravemente as lei eleitorais e isso parece que houve abuso de poder econômico, mas vamos esperar a Justiça se pronunciar”, disse.

Zema disse que a figura dele sempre esteve associada às redes de loja que tem o nome dele. “Então vou ter que mudar o nome das empresas senão será considerado propaganda”, disse. Ainda de acordo com o candidato do Novo, funcionários dele foram “arrastados” para depor.

Zema acusou o adversário de receber recursos do fundo partidário, pratica que não é feita pelo Novo. O tucano respondeu dizendo que usa e que no país as pessoas físicas  não tem o hábito de fazer doações e acusou Zema de ser “rico” e, por isso, pode usar recursos próprios na campanha.

Na réplica, Anastasia disse que uma das empresas de Zema fez doações a campanha da deputada Manuela Dávila (PcdoB), vice na chapa de Fernando Haddad. Já Zema acusou Anastasia de receber apoio da ex-prefeita de Contagem, Marília Campos (PT).

Na sequência, Anastasia disse que a intenção de Zema, segundo o plano de governo, é privatizar as rodovias estaduais, mas que isso não seria uma boa ideia já que o movimento das rodovias estaduais é pequeno o tornaria muito caro o trecho. “As rodovias tem pouco movimento. As rodovias federais, como a BR 262, têm mais movimento, no caso das estaduais isso impacta no preço”. Na resposta, Zema disse que “é melhor pagar cerca de R$ 8 e ter segurança, equipe médica”.

No último bloco, Zema começou perguntando a Anastasia sobre dívidas do estado e o deficit. Anastasia diz que a dívida existe e deve ser trabalhada e atacou dizendo que Zema tem propostas “sem pé na cabeça”. “Ele diz que pretende ter uma aliquota única. Mas a gasolina tem aliquita de 31% e o leite 12%. Então é a gasolina que vai baixar para 12% ou o leite que vai subir para 31%”, disse.

Já Zema disse que a proposta dele é reduzir de forma “gradual” e segundo ele ás aliquitas são muito elevadas e que sua intenção é reduzir isso. “O carrapato ficou maior que a vaca. Precisamos diminuir esse carrapato. Os impostos que nós pagamos só fez subir nas últimas décadas”, disse. Anastasia, na réplica, voltou a dizer que a palavra “gradual” não está no plano e isso faz toda a diferença.

Zema questionou Anastasia sobre obras paradas. O tucano respondeu dizendo que as obras públicas não são feitas “como passe de mágicas” e fez uma comparação com a abertura de lojas, como as de Zema. “O que aconteceu é que o atual governo no fez obra nenhuma e por isso elas estão paradas”.

Na noite desta quinta-feira o Tribunal de Contas do Estado fez um levantamento apontando a quantidade de obras paralisadas no estado, cerca de 2 mil, segundo o TCE. Zema, na réplica, disse que “faltou planejamento” aos governo de Anastasia e Aécio e, por isso, as obras ficaram paradas. “Há necessidade do planejamento ser refeito. Duas mil obras paradas mostra que não há planejamento no governo”, disse.

Na última pergunta, Anastasia questionou Zema sobre a criação de empregos e a fala do adversário sobre pagar R$ 300 como salário. O candidato do Novo disse que a informação do valor foi dita a ele quando estava passando pela região do Vale do Jequitinhonha.

“Não quer dizer que eu concordo. Demonstra como aquela região é carente”, afirmou, ele ainda disse que deve levar opções de empresas para àquela região e que o estado não deve atuar como inimigo do empresariado. Já Anastasia, afirmou que o adversário não responde sobre a acusação e que durante a administraçaõ tucano no estado foram criadas 550 mil vagas de emprego.

Nas considerações finais Zema começou dizendo que é contrário a um estado com muitas atribuições. “Sou favorável ao estado que se atenha a atividade de saúde, segurança e educação. Só com isso ele já teria tarefa gigantesca a fazer”, disse, alegando que o estado atualmente quer atuar em todos os setores, o que ele não defende.

Ele faz a comparação com o pato, dizendo que o estado faz muitas coisas e todas mal. E encerrou dizendo que o governo não deve ser usado para sustentar os políticos, mas os interesses da população.

Anastasia começou a última fala ironizando o adversário, “quero me solidarizar com o pato, que é um animal que eu gosto muito”. Ele também voltou a classificar o adversário como “candidato ioiô”, por sempre mudar de ideias.

“Ele e seu partido querem o estado mínimo. É o que os empresários defendem”, afirmou. Ele ainda voltou a colar a imagem de candidato rico a Zema e que pretende governar para os mais pobres.


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