Somente depois do segundo turno da eleição, que ocorrerá no próximo domingo, será possível saber se Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, o homem que esfaqueou o candidato à Presidência da Republica Jair Bolsonaro (PSL) teve ajuda de outras pessoas para cometer o atentado, ocorrido em 6 de setembro, em Juiz de Fora (Zona da Mata). O juiz Bruno Souza Salvino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, prorrogou o prazo para a conclusão de um segundo inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar se Adélio agiu sozinho ou recebeu o auxilio de terceiros.
Bruno Savino concedeu a prorrogação do inquérito em atendimento a pedido do delegado da PF Rodrigo Morais, responsável pela investigação do caso. Ontem, o Estado de Minas teve acesso à cópia da decisão. O segundo inquérito foi instaurado em 25 de setembro, para apurar “fatos decorrentes” do primeiro inquérito sobre o caso.
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No primeiro inquérito da PF sobre o caso, após ouvir mais de 30 pessoas, quebrar os sigilos financeiro e telefônico de Adelio Bispo, o delegado Rodrigo Morais e sua equipe não encontraram nenhum indício de que o esfaqueador de Bolsonaro tenha agido a mando de outra pessoa ou em grupo.
Por outro lado, conforme revelou o EM, a Policia Federal abriu uma nova linha de investigação, que é alvo do inquérito prorrogado, após localizar um cartão de crédito internacional e extratos de contas bancárias de Adelio Bispo em um quarto de pensão onde ele estava hospedado em Juiz de Fora, na semana do atentado.
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