O candidato Jair Bolsonaro (PSL) e seu adversário Fernando Haddad (PT), que vão disputar o segundo turno para a Presidência da República neste domingo (28) de outubro, têm propostas diametralmente opostas para o país.
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Economia: austeridade e privatizações
BOLSONARO
. Redução da dívida pública em 20% mediante privatizações, concessões e venda de propriedades da União.
. Criação de um sistema paralelo de aposentadoria por capitalização.
. Criação de um super-ministério da Economia, reunindo os atuais da Fazenda, Indústria e Planejamento. Contudo, ele afirmou recentemente que o da Indústria poderia ser mantido a parte.
HADDAD
. Revogação do congelamento do gasto público e da flexibilização da legislação trabalhista, aprovadas pelo governo de Michel Temer.
. Interromper as privatizações.
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Segurança
BOLSONARO
. Flexibilizar a legislação sobre o porte de armas.
. Reduzir a maioridade penal de 18 para 17 anos.
. "Proteção jurídica" aos policiais que matarem suspeitos com sua arma em serviço.
. "Tipificar como terrorismo as invasões de propriedades rurais e urbanas".
HADDAD
. Mudança radical da política atual antidrogas, "errônea, injusta e ineficaz", tomando como exemplo a experiência de descriminalização de outros países.
"A política de controle de armas e munições deve ser aprimorada, reforçando o rastreamento" do armamento.
. Melhor coordenação dos serviços de inteligência para lutar contra o crime organizado
Corrupção
BOLSONARO
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. Diminuir para 15 o número de ministérios, a fim de limitar os arranjos entre partidos.
HADDAD
. Ele defende "maior transparência e prevenção à corrupção", mas considera que "a pauta do combate à corrupção não pode servir à criminalização da política".
Diplomacia
BOLSONARO
. "Deixaremos de louvar ditaduras assassinas e desprezar ou mesmo atacar democracias importantes como EUA, Israel e Itália".
HADDAD
"O Brasil deve retomar e aprofundar a política externa de integração latino-americana e a cooperação sul-sul (especialmente com a África), de modo a apoiar, ao mesmo tempo, o multilateralismo, a busca de soluções pelo diálogo e o repúdio à intervenção e a soluções de força".
Educação
BOLSONARO
. Ele preconiza uma renovação dos programas escolares, com "mais matemática, ciências e português, sem doutrinação e sexualização precoce". Quer abrir escolas administradas pelos militares.
HADDAD
Propõe programas com "uma perspectiva inclusiva, não-sexista, não-racista e sem discriminação e violência contra LGBTI%2b na educação e demais políticas públicas".
Aborto
BOLSONARO
. O programa de Bolsonaro não menciona o aborto, que, no país, é autorizado em caso de risco para a vida da mãe ou de fetos com anencefalia. O candidato prometeu vetar qualquer tentativa de flexibilização desta lei.
HADDAD
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LGBTI
BOLSONARO
. Não há nenhuma menção no programa de Bolsonaro aos direitos dos LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, e Intersexuais). Várias de suas declarações foram abertamente homofóbicas.
. Na campanha tentou se mostrar mais amigável. Em uma entrevista recente a uma rádio de Pernambuco, disse respeitar as opções de adultos e declarou: "Os homossexuais serão felizes se eu for presidente".
HADDAD
. O programa de Haddad tem um capítulo intitulado "Promover a cidadania LGBT%2b", que propõe a "criminalização da LGBTIfobia" e promete criar iniciativas de inserção educativa e trabalhista "a pessoas travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade".
Meio ambiente
BOLSONARO
. O candidato do PSL, que conseguiu apoio da bancada do agronegócio no Congresso, propõe em seu programa reunir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, ainda que recentemente tenha dito que poderia voltar atrás nessa questão.
HADDAD
. O programa de Haddad se propõe a chegar a uma "taxa zero de desmatamento até 2022, sem reduzir a produção agropecuária "graças a um uso mais eficiente" das terras de cultivo e do pasto.
. Também se propõe a iniciar uma transição para "uma economia justa e de baixo carbono, contribuindo decisivamente para conter aquecimento global"..