O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai colocar em votação o projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento, uma das bandeiras de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) na campanha presidencial. O texto faz com que a posse de armas fique mais flexível, retirando a exigência de comprovação da procedência. Assim, Maia tenta se aproximar de Bolsonaro, líder nas pesquisas para a Presidência. O deputado do Rio quer continuar na Presidência da Câmara, e deve esperar apenas o resultado das eleições majoritárias para encaminhar o projeto.
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Nova bancada do PSL é pró-reforma e armasValor da ação de fabricante de armas dobra na Bolsa de SPNo hospital, Bolsonaro faz foto em que simula armas com as mãosDesarmamento: Bolsonaro pede e debate sobre estatuto fica para 2019, diz deputadoNovatos do PSL disputam sala de Bolsonaro na CâmaraDefensores do armamento já articulam a votação de projeto de porte da arma assim que a primeira etapa — envolvendo o desarmamento — for concluída. Indicaram o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) para um cargo no Planalto.
As articulações para flexibilizar o Estatuto do Desarmamento racharam a base de apoio do capitão. Sem aceitação entre os maiores partidos, Bolsonaro correu atrás de alianças com as bancadas da Bala, do Boi e da Bíblia — com deputados a favor de armas, defensores do setor agropecuário e da tradição religiosa. Evangélicos querem evitar a suposta facilitação da posse de armas e foram atrás do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para intermediar o acordo. Como não devem conseguir evitar o tema, os deputados religiosos preferem antecipar o voto. Na próxima legislatura, a Bancada da Bala estará reforçada.
Racha
Um dos líderes da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), o deputado Pastor Eurico (Patriota-PE), disse que o assunto “não está sendo discutido entre os evangélicos” e que “Bolsonaro defende a posse de armas (a possibilidade de que a pessoa tenha uma arma em casa) e não o porte (que a pessoa saia de casa com uma arma)”.
Enquanto as mudanças estão a todo vapor na Câmara, caminham em marcha lenta no Senado. O presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), parece indeciso sobre o estatuto. Sinalizou não ter a mínima vontade de colocar o tema em votação. A diferença, dizem aliados, é que Rodrigo Maia quer apoio para seguir na Presidência. Eunício sequer se reelegeu como senador.
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