O candidato do Novo a governador de Minas Gerais, Romeu Zema, negou nesta sexta-feira que o Grupo Zema tenha feito doação de R$ 2 mil à campanha de Manuela D'Ávila (PCdoB) à Prefeitura de Porto Alegre nas eleições de 2008. Manuela D'Ávila é atualmente candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), enquanto Zema já declarou voto a Jair Bolsonaro (PSL) neste segundo-turno da disputa presidencial.
O assunto veio à tona na noite de quinta-feira durante debate trasmitido pela TV Globo com a participação de Zema e do senador Antonio Anastasia (PSDB).
“Em 2008, época da doação, qualquer pessoa podia fazer depósitos para campanhas diretamente nos caixas bancários, informando apenas um CNPJ ou um CPF. Assim, não é possível comprovar a autoria da doação. Ou seja, um terceiro depositou em nome do Grupo Zema, como pode ter depositado em nome de várias outras empresas, pois na época essa prática de doação de pessoa jurídica era permitida”, diz nota divulgada pela assessoria do candidato.
Ainda de acordo com a nota, o Grupo Zema nunca teve atuação empresarial no Rio Grande do Sul e a legislação eleitoral, atualmente, proíbe depósitos em espécie para campanhas, justamente para evitar doações sem autoria comprovada. Ao levar o assunto para o debate, Anastasia questionou o fato de a empresa Zema Companhia de Petróleo Ltda ter depositado R$ 2 mil para Manuela.
“Em 2008 consta uma doação à deputada Manuela D'Avila. Ela é do PCdoB. Há finalidade ideológica do seu grupo?", questionou Anastasia. Como resposta, Zema disse que tinha desconhecimento da informação e que pediria sua equipe para averiguar a questão. No site do TSE, no entanto, no link de prestação de contas dos candidatos, há a informação da doação feita pela empresa para a candidata.
Em 2008, Manuela d'Ávila teve 121.232 votos dos porto-alegrenses, 15,35% dos eleitores da época. Ela ficou em terceiro lugar no 1º turno do pleito. As eleições foram vencidas por José Fogaça (MDB), em segundo turno disputado contra Maria do Rosário (PT).