Jornal Estado de Minas

Anastasia diz que PSDB foi alvo de 'repulsa aos partidos tradicionais'


O senador Antonio Anastasia (PSDB) recorreu a dados das pesquisas eleitorais do primeiro turno, nesta sexta-feira, para dizer acreditar ser eleito governador com uma virada até domingo. O tucano participou de sabatina na Rádio Itatiaia, na qual afirmou que seu adversário, o empresário Romeu Zema (Novo) é o representante dos milionários e vai governar para os ricos.

O tucano, por sua vez, disse pretender voltar ao governo de Minas para atuar principalmente a favor dos mais humildes. Na entrevista, Anastasia disse respeitar os institutos de pesquisa, mas que eles “erraram de forma vigorosa”.

Na véspera de 7 de outubro, Anastasia aparecia com 44% das intenções mas quem ficou em primeiro com 42,7% foi Zema. Para o senador, os institutos não estão captando a volatilidade da onda de votos. O tucano disse acreditar “piamente” na confiabilidade das urnas eletrônicas.

Anastasia também falou da derrota do seu partido, que não foi para o segundo turno na eleição presidencial, e disse que o PSDB terá de se reinventar após as eleições. Para ele, a legenda foi alvo da “repulsa a partidos tradicionais”.

"Não há dúvida alguma que nessa eleição de 2018 tivemos no Brasil inteiro uma repulsa aos partidos tradicionais, isso é evidente.
Meu  partido, o PSDB, teve uma queda na bancada federal, nosso candidato a presidente não foi ao segundo turno pela primeira vez em muitas eleições. Em Minas tivemos uma boa votação e fomos ao segundo turno".

O senador tucano, que se manteve independente no segundo turno, disse não acreditar na vinculação dos votos para governo e presidente.

O senador tucano voltou a dizer que o senador Aécio Neves (PSDB), eleito deputado federal, não terá nenhum cargo em seu governo e prometeu um secretariado sem parlamentares.

O candidato do PSDB afirmou ser um misto de técnico e político. Ele afirmou que não há fórmula matemática para resolver o problema financeiro do estado. Disse apostar no corte de gastos, na ampliação da base de arrecadação de impostos com a atração de empresas e na renegociação da dívida de Minas com o governo federal para acertar as contas..