O empresário Romeu Zema, candidato ao governo de Minas pelo Partido Novo, negou nesta sexta-feira que os empresários que financiam grande parte de sua campanha tenham interesses em uma eventual administração. Em sabatina na Rádio Itatiaia, ele afirmou que não vai haver nenhum favor para os doadores, que, nas suas palavras, querem mudanças para melhorar a vida dos mineiros.
“Essas empresas dependem de as pessoas terem renda para alugar carro, comprar medicamento, não são empresas que tem interesse no governo como as construtoras, são pessoas que acreditam na causa”, disse. O empresário chamou de “intriga da oposição” a afirmativa do adversário, de que seu partido é de milionários e feito para atender aos ricos.
Zema disse que, apesar do apoio explicitado no segundo turno ao candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), não teve tempo de ler o plano de governo do candidato. Porém, segundo ele, na área econômica a proposta do presidenciável é muito semelhante à sua. “Queremos um estado e um governo menor, com mais participação da iniciativa privada”.
Questionado sobre quais divergências teria em relação ao candidato do PSL, Zema disse que algumas posições de Bolsonaro “parecem um tanto quanto extremistas”.
“Sou uma pessoa que sempre fui tolerante. Na minha empresa temos pessoas de todo tipo. Nunca tivemos discriminação com ninguém e parece até que, mesmo que no programa (de governo de Bolsonaro) não tenha, ele tem essa imagem. Então não concordo muito com a postura dele de considerar determinados tipos de pessoas talvez melhores ou piores. Vai muito nesta questão a minha falta de sintonia”, disse.