Centenas de eleitores do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) tomaram as ruas de Belo Horizonte neste sábado, véspera da eleição, para pedir votos no petista com o discurso de defesa da democracia. O grupo ocupou vários cruzamentos da Avenida do Contorno, em um abraço simbólico, e fez ato em frente a sede do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na Avenida Afonso Pena.
Apoiadores de Haddad leram os nomes de mais de 50 pessoas que foram mortas ou desapareceram durante o regime militar em Minas Gerais pic.twitter.com/3GR3s327xO
%u2014 Estado de Minas (@em_com) 27 de outubro de 2018
Parte dos apoiadores, liderados pelo ex-vereador Betinho Duarte, um dos presos e torturados na ditadura, leram 58 nomes de pessoas assassinadas ou desaparecidas no período militar e para cada um deles responderam “presente”. “A grande maioria deles eram jovens idealistas como nós, que hoje estamos lutando pela democracia, contra a tortura e contra a ditadura”, afirmou Duarte.
O monumento em frente ao Deoesp foi construído em 2013 no canteiro central da Avenida Afonso Pena, em frente ao local da prisão e tortura de presos políticos durante a Ditadura Militar (1964-1985).
O grupo participava do abraço da Contorno e fez a homenagem aos mortos durante caminhada até a Praça Sete, onde estava prevista nova concentração. Segundo Betinho Duarte, a homenagem foi incluída na caminhada pela virada de Haddad por causa da temática que tomou conta da campanha eleitoral. “O outro candidato fala em ditadura e tortura e somos da paz”.
Em vários pontos da Avenida do Contorno, apoiadores de Haddad fizeram bandeiraços e distribuíram material de campanha. Muitos também foram na rua, a exemplo do que fizeram artistas e personalidades, na tentativa de conversar com indecisos e virar votos para o petista.
Haddadasia ou Anastaddad?
Na Praça Sete, eleitores de Haddad se encontraram com um grupo que fazia campanha para o senador Antonio Anastasia (PSDB), candidato ao governo de Minas. Vários integrantes confraternizaram, trocaram bótons e pediram ajuda para virar votos para os dois candidatos.
Em determinado momento, os dois grupos começaram a gritar Fora Zema, em referência ao adversário do tucano em Minas, empresário Romeu Zema.