O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) postou um vídeo em suas redes sociais na tarde deste sábado (27) defendendo o voto pela democracia e contra a intolerância, mas se negou a apoiar a candidatura de Fernando Haddad (PT) ao Palácio do Planalto.
Ao contrário do que aliados do candidato Haddad esperavam, Ciro não declarou apoio ao candidato petista e deixou no ar o motivo de não se posicionar de forma explícita sobre o candidato que votará no segundo turno. Muitos petistas e até mesmo o presidente do PDT, Carlos Lupi, aguardavam um posicionamento mais contundente de Ciro na disputa do segundo turno.
“Todo mundo preferia que eu, com meu estilo, tomasse um lado e participasse da campanha. Mas eu não quero fazer isso por uma razão muito prática que não quero dizer agora. Se não posso ajudar, atrapalhar é que não quero”, afirmou Ciro.
O terceiro colado na disputa presidencial se lançou como uma provável liderança de movimento de oposição, caso se confirme a vitória de Jair Bolsonaro (PSL).
“O que o Brasil precisa a partir de segunda-feira é que se construa um grande movimento que de um lado proteja a democracia brasileira e de outro proteja a sociedade mais pobre dos avanços contra os direitos”, avaliou Ciro.
O partido do ex-ministro declarou apoio crítico a Haddad no começo do segundo turno. O irmão de Ciro, senador eleito Cid Gomes, fez críticas ao PT quando participava de um ato em apoio a Haddad e o vídeo chegou a ser utilizado na campanha do PSL na televisão.