A coligação de Bolsonaro (intitulada “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”) pediu ao TSE que pudesse indicar até cinco representantes para acompanhar a totalização de votos, o que foi prontamente atendido por Rosa Weber. A coligação de Haddad poderá indicar a mesma quantidade de pessoas. No primeiro turno, a coligação de Bolsonaro não indicou nenhum representante para acompanhar a totalização de votos no TSE, de acordo com a assessoria do tribunal.
Ontem, integrantes do TSE receberam representantes de partidos e instituições que vão acompanhar a apuração. As legendas vão monitorar o recebimento das informações das zonas eleitorais e a totalização dos votos. Além dos 35 partidos, Rosa Weber convidou representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público e a Polícia Federal, além da missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA), entre outras instituições.
Na reunião de apresentação, estiveram presentes representantes do PSL, partido de Bolsonaro; do PTB; da Sociedade Brasileira de Computação (SBC); do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e da missão da OEA. Eles foram recebidos pelo secretário-geral da presidência da corte, Estevão Waterloo, pelo diretor-geral, Rodrigo Fleury, além de outros gestores e técnicos do tribunal.
Eles conheceram o centro de operações do tribunal, onde são monitoradas as 460 mil seções eleitorais. No local ficam os servidores para onde são enviados os resultados das votações para a totalização processada no tribunal. Foi explicado que após o encerramento da votação, os resultados em cada urna serão transmitidos ao centro de controle. Contudo, em razão do fuso horário em relação a alguns pontos do país, a divulgação dos resultados da votação para presidente terá início às 19h.
Também foi mostrada a sala-cofre onde fica o sistema que assegura o isolamento das urnas. Segundo o TSE, há seis níveis de segurança no local e somente três servidores têm acesso à sala.
VERIFICAÇÃO
O TSE fez ontem a verificação do sistema que integra os 27 tribunais regionais eleitorais. Confira o passo a passo do sistema que garante a integridade das urnas:
Após o encerramento da votação, cada urna faz a apuração dos votos e imprime o resultado, chamado de boletim de urna.
Esse resultado é impresso e distribuído para fiscais e fixado no local de cada votação.
Em seguida, o resultado de cada urna é gravado em uma mídia digital e “assinado” pelo equipamento por meio de um certificado digital.
Os dados seguem então para um ponto de transmissão em rede privativa e, na sequência, para os datacenters dos tribunais regionais eleitorais.
Com as informações no sistema dos tribunais, é feita checagem se os dados foram enviados da urna certa.
O sistema também verifica se há algo fora do comum, como nenhum eleitor faltoso em uma seção eleitoral ou votos em um único candidato.
Fonte: Secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino