O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) evitou revelar em que votou para presidente, após deixar o Colégio Sion, onde vota, em São Paulo. "O voto é secreto, já dei minha opinião várias vezes e já disse em quem não votaria, isso basta", afirmou o tucano, que já havia dito que não votaria em Jair Bolsonaro (PSL), mas sem declarar apoio a Fernando Haddad (PT).
O ex-presidente disse que, agora, torce para o Brasil ir bem, independentemente do resultado. "Temos que respeitar a Constituição, resolver os problemas fundamentais do povo, que é emprego e renda, voltar a ter austeridade e acabar com a roubalheira, que foi muito grande", afirmou. "Ganhe quem ganhar, se abre um novo ciclo", disse.
Além disso, FHC minimizou preocupações com a democracia em caso de vitória de Bolsonaro. "Só há risco à democracia se nós desistirmos dela, e eu não vou desistir. Já passei por períodos autoritários e não acho que vivamos situação semelhante. A maioria tem de ser respeitada", disse.
O tucano também se esquivou de pergunta sobre em quem ele votou para governador de São Paulo, cujo segundo turno se dá entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB). Sem citar o nome de Doria, seu correligionário, o ex-presidente se limitou a lembrar que é presidente de honra do PSDB e a afirmar que "geralmente mantém as suas lealdades".
FHC chegou ao colégio para votar por volta das 12h30.