O atentado à faca cometido por Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, contra o presidenciável Jair Bolsonaro em 6 de setembro, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira “interferiu” no resultado da eleição presidencial. A opinião é do desempregado Aldeir Ramos de Oliveira, de 51 anos, irmão do esfaqueador do candidato do PSL. Ele acha que o atentado acabou favorecendo Bolsonaro, tanto no primeiro quanto no segundo turno da eleição.
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Boca de urna/Ibope: em MG, Zema tem 66% dos votos válidos; Anastasia, 34%Jair Bolsonaro se desentende com chefe de segurança e PF avalia trocaCiro Gomes: 'Não quero fazer campanha para o PT nunca mais'O irmão do agressor de Jair Bolsonaro disse ter votado no segundo turno – assim como no primeiro –, em Fernando Haddad, candidato do PT, embora acreditando que o adversário do petista sempre foi favorito. “Acho que o Bolsonaro ganha (a eleição para presidente)”, afirmou Aldeir, poucas horas depois de votar em uma seção de uma escola estadual no Bairro Santo Antonio, vizinha a sua casa.
Aldeir não quis entrar em detalhes quando foi questionado porque votou no ex-prefeito de São Paulo. “Sei lá.
O irmão do esfaqueador de Bolsonaro disse que desde o atentado não teve nenhum contato com Adelio, que está preso preventivamente na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e já foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, além de ter sido denunciado pelo Ministério Publico Federal por crime de “inconformismo político”. Aldeir disse que nunca esperou que o irmão cometesse o ato de violência. Lembrou também que só teve convivência com o agressor de Bolsonaro até Adelio completar 15 anos de idade.
Ele acredita que o irmão tem algum “problema de cabeça”.
Temor
Aldeir de Oliveira disse não acreditar que o irmão tenha recebido ajuda de terceiros ou agido “a mando de alguém”, ao cometer o atentado contra Jair Bolsonaro durante um ato de campanha política em Juiz de Fora, o que é objetivo de investigação de um segundo inquérito instaurado pela Polícia Federal, que continua em andamento. Ele disse que teme pela vida do irmão na cadeia em Campo Grande. “Às vezes tenho medo de alguém possa fazer algo ou mandar fazer alguma coisa contra ele (Adelio) lá dentro (da prisão). Tudo pode acontecer. Ninguém sabe sobre o coração dos outros”, afirmou Aldeir.