Na primeira entrevista como governador eleito de Minas Gerais, o empresário Romeu Zema (Novo) prometeu assumir o Palácio da Liberdade já cortando o número de cargos comissionados e prometendo transparência no gasto público. Ele conversou com os jornalistas em um espaço no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte.
De acordo com Zema, ainda nesta segunda-feira sua equipe entrará em contato com o governo Pimentel e o tribunal de Contas do Estado em busca de informações sobre a situação de Minas Gerais.
O governador eleito disse que vai discutir a formação de uma equipe de transição para buscar dados com o atual governo de Fernando Pimentel (PT). A coordenação da equipe ficará a cargo do vereador Mateus Simões (Novo). O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, será o consultor da equipe.
"Eu tenho dito que o estado está falido, doente terminal, a gente precisa de medidas urgentes, os professores, pensionistas e militares recebendo atrasado, as prefeituras sem os repasses, isso demanda medidas urgentes, caso contrário a situação vai se agravar. Minas tem crescido constantemente menos que o Brasil, perdendo sempre participação. Então vou depender do apoio da Assembleia dos deputados, mas não quero que isso seja um balcão de negócios", disse o governador eleito.
"Eu tenho dito que o estado está falido, doente terminal, a gente precisa de medidas urgentes, os professores, pensionistas e militares recebendo atrasado, as prefeituras sem os repasses, isso demanda medidas urgentes, caso contrário a situação vai se agravar. Minas tem crescido constantemente menos que o Brasil, perdendo sempre participação. Então vou depender do apoio da Assembleia dos deputados, mas não quero que isso seja um balcão de negócios", disse o governador eleito.
Outra frente vai buscar com a União uma renegociação da dívida de Minas. Segundo ele, técnicos de sua campanha ja tiveram uma primeira reunião com representantes do Ministério da Fazenda em Brasilia.
Zema ainda informou que conversou com o senador Antonio Anastasia após a divulgação do resultado e ouvir dele que estará à disposição de Minas Gerais no Senado.
O candidato eleito ainda disse que faz uma política distinta da tradicional e encontrou apoio na população. "Orgulhoso de ter feito uma campanha diferente, que não gastou R$ 1 de gasto público, o que prova que isso é possível. Uma campanha que foi feita alicerçada no trabalho, visitei quase 200 cidades, andei quase 60 mil quilômetros e fica provado que não é o poder dos grandes partidos, o poder das grandes facções que vão estar fazendo diferença. Estamos lançando uma política diferente. Muito provavelmente, eu sou o primeiro governador aqui em Minas a ser eleito sem a classe política. A política tem que estar mais democratizada, não pode ficar somente restrita a um grupo, as pessoas têm que participar mais", afirmou.
O candidato eleito ainda disse que faz uma política distinta da tradicional e encontrou apoio na população. "Orgulhoso de ter feito uma campanha diferente, que não gastou R$ 1 de gasto público, o que prova que isso é possível.
Assembleia e privatizações
O partido Novo elegeu três deputados estaduais e não fez coligação com outras legendas, o que torna a base do governo na Assembleia Legislativa, a princípio, frágil. Romeu Zema pediu que a Assembleia esteja a seu lado e que os deputados mineiros votem "conscientemente" projetos de interesse do estado.
"Sempre fui uma pessoa extremamente acessível e aberta ao diálogo. Vou governar escutando as pessoas, a Assembleia, o Judiciário. Não me considero o dono da verdade nem o salvador da pátria", afirmou o governador eleito.
Zema ainda disse que não pretende privatizar as empresas públicas no momento. "Não é prioridade porque isso (as privatizações) está longe de resolver os problemas de Minas", disse. "Não seria um bom negócio para os mineiros, no momento", afirmou
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Zema ainda disse que não pretende privatizar as empresas públicas no momento.