Derrotado pelo candidato do Partido Novo, Romeu Zema, com menos votos do que teve no primeiro turno das eleições, o senador Antonio Anastasia (PSDB) creditou o resultado em Minas Gerais neste domingo (28) a uma “grande onda” de mudança.
Também afirmou ter pagado por erros que não foram seus, mas encerrou a entrevista à imprensa sem apontar um culpado específico.
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Nas cidades natais dos candidatos, Zema teve 21 vezes mais votos que Anastasia em Araxá e venceu também em BHCandidato ao governo de Minas, Anastasia vota em BHZema e Anastasia escrevem 'carta' aos mineirosKalil se filia hoje em BH ao PSD e pode levar AnastasiaPresidente do PSDB de Minas diz que erro do partido foi apoiar TemerAnastasia comparou sua derrota com uma larga diferença para o adversário ao que ocorreu em outros estados em que o candidato era alguém que nunca foi político. “Faz parte dessa grande onda. Em Minas isso aconteceu de modo muito claro. Acho até que acabo pagando um pouco por erros que não são meus, mas da classe política como um todo”, disse.
Apesar da ponderação, o senador disse que a responsabilidade é sua e disse assumir seu ônus com tranquilidade. “Fiz uma campanha altaneira, tranquila, mas neste momento os mineiros decidiram dar oportunidade a um novo governador e faço votos que ele tenha um bom governo”, disse. Anastasia disse ter ligado para Zema para cumprimentá-lo e desejar boa sorte. Também disse para ele que atuará no Senado para “ajudar a resgatar o estado de crise”.
Questionado se teria sido um erro não declarar apoio ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), como fez Zema, o senador tucano afirmou que não há qualquer arrependimento neste aspecto. O posicionamento em relação ao governo federal, segundo o tucano, será definido instituicionalmente.
Já em relação ao governo Zema, Anastasia afirmou que os deputados estaduais tucanos eleitos decidirão.
Anastasia também comentou a redução do seu partido, que perdeu deputados estaduais e venceu em apenas três governos estaduais – São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O tucano destacou o fato de a legenda ter ficado com o estado mais rico do país. "Como houve um esfacelamento em termos de partidos de governadores, há um equilíbrio e, nesse equilíbrio, o PSDB tem uma posição até boa", disse.
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