Logo após a vitória de Jair Bolsonaro, a deputada estadual eleita em Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL), abriu um canal informal de denúncias na internet para fiscalizar professores em sala de aula a partir desta segunda-feira (29). Campagnolo pede que vídeos e informações sejam repassados para o seu número de celular com o nome do docente, da escola e da cidade. "Garantimos o anonimato dos denunciantes", diz a imagem compartilhada pela deputada em uma rede social.
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Quatro ministros do novo governo já estão definidos; veja quem sãoLorenzoni: nomes técnicos da transição de governo serão anunciados nesta semanaMinistério deverá ter aliados recentesMP orienta secretarias e universidades sobre assédio moral a professoresNa publicação deste domingo, Campagnolo diz que "amanhã é o dia em que os professores e doutrinadores estarão inconformados e revoltados". "Muitos deles não conterão sua ira e farão da sala de aula um auditório cativo para suas queixas político partidárias em virtude da vitória de Bolsonaro. Filme ou grave todas as manifestações político-partidárias ou ideológica", diz a imagem.
Na legenda, ela afirma ainda que "professores éticos e competentes não precisam se preocupar". E faz uma ponderação para que vídeos de outros estados não sejam mais enviados para o seu número, alegando que isso já estava sendo feito na noite de hoje.
Nos comentários da publicação, Campagnolo sugere que os estudantes "deixem o celular em casa e levem gravador e filmadora mesmo", em resposta a um internauta que questionou se celulares não seriam proibidos em sala de aula. Em outra resposta, reforçou que "é só se comportar direitinho que não precisa ter medo".
Ela também afirmou que as imagens enviadas para o seu celular não serão divulgadas, e sim utilizadas para uma "investigação" e para que sejam verificadas as "medidas cabíveis em cada caso". "Não queremos gravar uma novela, moça", disse para outra internauta.
A aprovação do projeto Escola Sem Partido no Congresso é uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro. O movimento, por sua vez, já foi contestado pela Advocacia-Geral da União (AGU), Ministério Público Federal (MPF) e associação de professores..