O líder do PPS na Câmara, deputado Alex Manente (SP), afirmou nesta terça-feira, 30, que o partido deverá adotar uma posição de independência em relação ao próximo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Para ele, não há consenso na bancada para ser oposição.
"Grande parte da bancada entende que é necessário colaborar com o Brasil. Não se pode virar as costas para o que a população definiu nas urnas. Não é mais só uma questão de diálogo de governo e de oposição. Por isso, vamos ser independentes e avaliar nossa posição de acordo com a pauta", afirmou Manente.
O deputado citou como exemplo a proposta da revogação do estatuto do desarmamento, uma das principais promessas de Bolsonaro durante a campanha eleitoral. "Neste caso, temos divisões na bancada com posições muito antagônicas", afirmou.
De acordo com ele, em casos assim, os deputados do partido seriam liberados para votar como quisessem.
Fusões
Manente afirmou ainda que o PPS continua dialogando com outros partidos para tentar viabilizar uma fusão. Inicialmente, a sigla havia avançado em conversas com a Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva que foi derrotada na campanha à Presidência, mas, de acordo com Manente, as tratativas não avançaram por diferenças de posicionamento.
Agora, o PPS busca novas siglas para se aliar. Uma delas é o DEM, partido do presidente da Casa, Rodrigo Maia (RJ).
A Rede não atingiu a cláusula de barreira na Câmara dos Deputados e, por isso, ficará sem ter direito de acesso ao fundo partidário e sem tempo de propaganda obrigatória na televisão. Para integrantes da sigla, a situação praticamente inviabiliza a existência do partido.
POLÍTICA