A Presidência da República começou a preparar a Granja do Torto para receber o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante o período de transição. Desde segunda-feira, 29, o local tem recebido trabalho de limpeza e reparos. Nesta terça-feira, 30, funcionários plantavam mudas de sálvia azul na entrada.
No domingo, 28, no discurso em que cumprimentou Bolsonaro pela vitória nas urnas, o presidente Michel Temer deixou a residência oficial de campo da Presidência à disposição nos próximos dois meses, mesmo antes da posse. A casa, a cerca de 10 quilômetros da Praça dos Três Poderes, serviria para reuniões mais reservadas fora da sede da equipe de transição, que ficará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Bolsonaro, porém, não respondeu se ficará lá.
As equipes de manutenção predial correm para reparar pontos de infiltração e trocar aparelhos como ar-condicionado. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) realiza uma análise de risco para verificar pontos vulneráveis que precisam de reforço na segurança.
Diferentemente de outros presidentes, Temer não usou a Granja do Torto com frequência. Com raras visitas, o local virou uma espécie de depósito de objetos da Presidência.
Em 2002, a residência foi utilizada por Luiz Inácio Lula da Silva na transição. O convite, na época, foi feito pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Quando assumiu o Planalto, Lula passou promover no local festas juninas, ao gosto da ex-primeira-dama Maria Letícia.
Quando ocupou a Presidência, de 1979 a 1985, o general João Baptista Figueiredo residiu na Granja, onde criava cavalos. Figueiredo chegou a levar o ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan a um churrasco no local, onde os dois fizeram uma cavalgada, em 1982.
Em 2014, houve polêmica quando o então presidente de Cuba, Raúl Castro, se hospedou na Granja, a convite de Dilma Rousseff.