O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou oficialmente na manhã desta quinta-feira, 1º, que o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, aceitou o convite para assumir Ministério da Justiça e Segurança Pública.
"O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anticorrupção, anticrime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!", disse o presidente eleito no Twitter.
Moro aceitou pessoalmente o convite de Bolsonaro após reunião na casa do presidente eleito, no Rio, que durou cerca de 1 hora e meia. O juiz disse ter sido motivado pela perspectiva de "implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado".
"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. Para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências".
A decisão de Sérgio Moro provocou reações contrárias e favoráveis no mundo político e mobilizou nomes como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, além de governadores eleitos, senadores e deputados. Juristas e especialistas ouvidos pelo Estado divergiram sobre o aceite.
Outros ministérios
O juiz Sérgio Moro é o quinto ministro a ser anunciado pelo governo Bolsonaro. Além dele, o futuro presidente já anunciou os nomes do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil, do economista Paulo Guedes para o Ministério da Economia, pasta que englobará os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior, e também do general Augusto Heleno para chefiar o Ministério da Defesa. Na quarta-feira, confirmou o astronauta Marcos Pontes como ministro da Ciência e Tecnologia.
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