Senadores aliados e opositores ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, e ao governo Michel Temer se manifestaram na tarde desta quarta-feira, contra a inclusão na pauta de votação do Senado de projetos de reajuste do Judiciário (ministros do Supremo Tribunal Federal) e do Ministério Público Federal (procurador-geral da República). A inclusão foi atribuída ao senador Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Senado, em acordo com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli.
Os parlamentares usaram como justificativa para que o projeto não seja votado a pressão do governo Temer e da equipe econômica de Bolsonaro pela aprovação da reforma da Previdência, para redução dos gastos públicos. Bolsonaro manifestou preocupação com o reajuste.
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Bolsonaro sobre reajuste do Judiciário: 'vamos esperar o que vai decidir Senado'Obviamente não é o momento para reajuste no Judiciário, diz BolsonaroO senador Paulo Paim (PT-RS), disse que nenhum senador quer assumir a responsabilidade sobre o projeto. "Quem é que está propondo colocar na pauta? Ninguém quer assumir a responsabilidade de colocar na pauta. É uma provocação ao povo brasileiro querer votar um projeto desse porte num momento como esse", afirmou.
O senador Magno Malta (PR-ES), aliado de Bolsonaro e um dos cotados para fazer parte do primeiro escalão ministerial, prometeu atuar contra o aumento.
"O Senado Federal pode votar hoje dois projetos que concedem reajuste salarial aos ministros do Supremo Tribunal Federal e ao procurador-geral da República. Votarei contra: se aprovados, aumentarão o rombo das contas públicas e pressionarão ainda mais a reforma da previdência dos trabalhadores mais pobres", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)..