O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta quarta-feira, 7, que fechará as embaixadas que considerar ociosas e que procura um diplomata de carreira e "sem viés ideológico" para ser chanceler no futuro governo. "Estamos buscando alguém que faça comércio e conduza essa parte, que é importante, sem viés ideológico, nem de direita nem de esquerda."
Bolsonaro afirmou ainda que, assim como para o Ministério da Defesa será escolhido um nome "quatro-estrelas", nas Relações Exteriores será nomeado um diplomata. Ele também disse que discutirá se acabará ou não com a Embaixada da Palestina em Brasília, após ser perguntado por jornalistas. "O problema é que ela está muito próxima ao Palácio do Planalto, nenhuma embaixada pode estar tão próxima assim do presidente da República. Nenhuma, não ela (especificamente)."
Bolsonaro foi questionado ainda sobre a possibilidade de transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, conforme havia dito na campanha, e respondeu que "quem decide a capital de um Estado é o respectivo Estado". Numa primeira reação do mundo árabe às declarações pró-Israel do presidente eleito, o governo do Egito suspendeu uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, faria ao país nesta semana. O encontro, a convite dos egípcios, tinha o objetivo de expandir o comércio entre as duas nações.
"Não vejo por que essa celeuma toda. Essa questão do Egito nada tem a ver com o que falei durante a campanha.