O governador eleito de São Paulo, João Doria, disse na tarde desta quarta-feira, 7, que a atual bancada tucana no Congresso defende uma reforma da Previdência "ainda que por etapas". Ele disse que se reuniu com 58 parlamentares do partido hoje em Brasília, incluindo os que se reelegeram e os que não se reelegeram. "A nossa posição é de apoiar a reforma da Previdência. Defendemos por exemplo um aumento do tempo de Previdência (idade mínima) para 56 e 61 (mulheres e homens). Apoiamos de imediato a reforma da Previdência", disse Doria, ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde se reuniu com o presidente eleito Jair Bolsonaro. "Acreditamos que o impacto da atual proposta da Previdência já será positiva", completou.
O governador eleito disse ainda que falou ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que é favorável a um programa liberal com desestatização e que dará apoio a todos os programas de desburocratização do País. Doria também manifestou ser favorável a captação de recursos no exterior, em bancos como BID e Banco Mundial (Bird).
Ele também disse acreditar que a presença de Bolsonaro em Davos, em fevereiro do próximo ano, será importante.
Segundo ele, esse encontro com Bolsonaro hoje não foi apenas visita de cortesia, foi reunião de trabalho. "Debatemos governabilidade e o apoio de São Paulo a Bolsonaro", disse. O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro extraordinário e coordenação da equipe de transição, Onyx Lorenzoni, também participaram da reunião.
São Paulo
O governador eleito negou que possa rever a indicação de Gilberto Kassab para a Casa Civil de São Paulo. Questionado sobre o tema, diante das críticas que nomeação de Kassab tem recebido, Doria disse: "Não há nenhuma possibilidade de rever a indicação de Kassab."
Perguntado se seu governo em São Paulo teria a presença de mulheres entre o secretariado, Doria disse que sim, que até o final dos anúncios serão divulgados nomes de mulheres na equipe. Ele informou ainda que amanhã, às 12h, fará em São Paulo a divulgação de mais dois nomes para integrar seu futuro governo.
POLÍTICA