O senador Roberto Requião (MDB-PR) declarou na tarde desta quarta-feira, 7, voto contrário ao reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que há o risco de o Parlamento "votar sob pressão e ameaça de retaliação" do Judiciário. Vários parlamentares são investigados ou réus em ações no STF.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), respondeu a Requião dizendo que o projeto do reajuste do STF não tem nenhum efeito sobre o Parlamento. Desbancado do posto de relator do projeto de lei que concede aumento de 16,38% aos ministros do STF, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) reafirmou ser contra a proposta e pediu a retirada de pauta do texto. Caso isso não seja feito, Ferraço defendeu que a votação seja realizada de forma nominal.
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) também pediu que a votação seja identificada. Segundo ele, o acréscimo salarial é "inapropriado" diante do momento atual das contas públicas. "Ainda mais grave é se votarmos isso secretamente, votar isso escondido é mais grave ainda", afirmou.
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