O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) vai reforçar a segurança do presidente eleito Jair Bolsonaro e do seu vice, general Hamilton Mourão, com novos carros resistentes a submetralhadoras a partir do próximo ano. A pasta pretende gastar até R$ 5,6 milhões para a aquisição dos automóveis.
Na semana passada, o GSI abriu concorrência para renovar a frota de veículos que fazem a escolta do presidente e do vice-presidente da República a partir de 2019. O pregão será realizado no próximo dia 21. Serão adquiridos 30 carros, dos quais 12 terão blindagem de nível III-A - capaz de suportar disparos de armas como a Magnum 357, 9mm (pistolas e submetralhadoras), espingardas calibre 12 e Magnum .44.
Em conversa com a imprensa, após participar de um evento, o ministro do GSI, Sérgio Etchegoyen, justificou que a decisão de "redimensionar" a segurança do presidente e do vice foi tomada devido ao atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral e por "ameaças" à integridade do presidente eleito.
Atualmente, a escolta do presidente é formada por carros modelo Chevrolet Ômega e Ford Edge. Os carros da Ford foram adquiridos em 2011, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Na época, o governo pagou R$ 1,76 milhão por 12 carros, entre os quais dez são blindados.
O novo edital apresenta como referência para compra os modelos Ford Fusion, Honda Accord, Toyota Camry ou Hyundai Azera. Recomenda, ainda, que os carros que formam a "cápsula presidencial" ou vice presidencial, compostas por cinco carros, devem ter a mesma marca, modelo e cor, para evitar que a autoridade seja identificada..