Em entrevista à Rádio Eldorado, o futuro vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, explicou em que ponto está a discussão sobre a indicação do próximo ministro das Relações Exteriores. "Bolsonaro está buscando um quadro dentro do Itamaraty para assumir o ministério. Marcos Galvão é um dos cotados", afirmou Mourão. Atualmente, Galvão é secretário-geral das Relações Exteriores.
Questionado sobre declarações de Bolsonaro que causaram surpresa na comunidade internacional - como a retirada do Brasil do Acordo Climático de Paris e até mesmo da Organização das Nações Unidas, assim como a mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém -, Mourão contemporizou. "Ainda não houve a definição de quem assume a chancelaria. Até por isso, quando Bolsonaro for aconselhado de forma profissional, tenho certeza que irá rever certas declarações", afirmou.
A indicação do general Fernando Azevedo e Silva para o ministério da Defesa foi contextualizada pelo vice-presidente eleito. "O general Fernando é um dos poucos que faz a interface entre civis e militares, tem bom trânsito nas duas esferas", declarou. De acordo com o militar, o comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira, chegou a ser convidado para assumir a Defesa, mas optou por declinar o convite, para ter maior tempo de contato com familiares.
"Leal Ferreira tem este perfil de transitar em todos os setores.
Mourão explicou que ele mesmo chegou a ser sondado por Bolsonaro para acumular funções e assumir algum ministério. "Ele me deu liberdade de escolha, mas preferi ficar mais livre para ajudar em qualquer tarefa que fosse necessária", comentou..