O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, pediu exoneração do cargo de juiz nesta sexta-feira. A medida já começa a valer a partir da próxima segunda-feira, 19. No ofício, encaminhado ao presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) Thompson Flores, Moro alega que pediu a antecipação do pedido após questionamentos de que, estando em período de férias, ele não poderia participar das reuniões da equipe de transição do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Logo que teve o nome anunciado como ministro de Bolsonaro, Moro afirmou que pretendia pedir a exoneração próximo da data em que tomaria posse como responsável pela pasta. Ele estava de férias desde o dia 5 deste mês e ficaria nesta condição por 17 dias, mas resolveu adiantar a saída.
“Houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo”, afirmou.
Ainda de acordo com Moro, a medida deixa sua família descoberta de alguns benefícios decorrentes de seu cargo, como a cobertura previdência, mas, mesmo assim, ele entendeu ser melhor adiantar a solicitação para deixar a carreira de juiz.
“Embora a permanência na magistratura fosse relevante ao ora subscritor por permitir que seus dependentes continuassem a usufruir de cobertura previdenciária integral no caso de algum infortúnio, especialmente em contexto na qual há ameaças, não pretendo dar azo a controvérsias artificiais, já que o foco é organizar a transição e as futuras ações do Ministério da Justiça”, afirmou.
Por fim, ele agradece o período em que esteva como juíz. “Destaco meu orgulho pessoal de ter exercido durante 22 anos o cargo de juiz federal e de ter integrado os quadros da Justiça Federal brasileira, verdadeira instituição republicana”, finalizou Sérgio Fernando Moro.
Leia a íntegra do pedido de exoneração de Sérgio Moro: