O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que uma das principais forças do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) é a defesa da família.
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Bolsonaro é o portador de imensas esperanças do povo brasileiro na inversão de um ciclo. Vivemos por um tempo com a predominância do trabalho e estamos indo agora para outra aposta: a predominância do capital. Se ele puder retirar a corrupção do sistema já terá dado grande contribuição.
Bolsonaro foi eleito com um discurso contra métodos da classe política. Mas será possível governar sem esses métodos?
As instituições vão ter que se amoldar.
Bolsonaro tem indicado que vai beneficiar a relação com grupos temáticos no Congresso, mas a indicação de Mozart Neves para a Educação gerou crise com a bancada evangélica...
A força de Bolsonaro se deve a dois fatores: a sociedade achava que a violência precisava ser combatida de forma mais dura - e que ele era a pessoa para isso. A segunda era a preservação da família. O evangélico só pediu uma coisa: preserve a família. Deus é família.
A aprovação do Escola Sem Partido é fundamental?
Se tiver qualquer projeto que tenha iniciado no governo passado ou no Ministério de Educação no período do Fernando Haddad (PT), isso trará imensa controvérsia ao governo Bolsonaro. Acredito que a bancada ruralista, da bala e a evangélica não queiram saber quais são os ministérios, diretorias, gerências... Porém, todos eles permanecem no mandato com um eleitorado que tem uma pauta que eles devem defender e preservar. É isso e ponto.
Qual será sua primeira demanda ao governo Bolsonaro?
O pacto federativo. O grande problema, no caso do Rio, é que o governo federal arrecada R$ 160 bilhões e quanto é que volta para o Rio? 4 bilhões. É insuportável.
Que acha da flexibilização da lei do desarmamento?
No Rio somos traumatizados com mais armamentos por conta de crianças que perdemos em balas perdidas. Minha posição é de cautela.
Defende mais espaço para a Igreja Universal no governo?
Nunca.
E em relação ao PRB?
O PRB deve apoiar as medidas sem participar do governo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..