Integrantes da bancada evangélica na Câmara afirmaram na noite desta quinta-feira, 21, desconhecer o professor Ricardo Vélez Rodríguez, indicado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para o Ministério da Educação. Garantiram, porém, confiar na escolha do educador. Apesar de receber certo apoio da Frente Parlamentar Evangélica, Rodríguez não foi uma indicação direta do grupo.
"A frente não foi criada (por mim) para ser moeda de troca ou balcão de negócios. Foi criada para termos uma ferramenta contra frentes que prejudiquem valores da Igreja. No caso do Bolsonaro, o apoiamos pela vinculação de valores", afirmou o presidente da frente, deputado Takayama (PSC-PR).
Leia Mais
Bolsonaro anuncia colombiano para ministro da Educação após bancada evangélica vetar educadorBolsonaro anuncia no Twitter Ricardo Velez Rodriguez como ministro da EducaçãoCotado para Ministro da Educação pode ser barrado por bancada evangélicaPara o deputado Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ), o presidente eleito decidiu por um "ótimo nome". Os três parlamentares integram o chamado núcleo duro da bancada evangélica na Câmara.
Pela manhã, deputados do grupo não demonstravam apreço pela indicação do nome de Rodríguez para a pasta, quando foram questionados sobre as possibilidades à disposição de Bolsonaro. A sugestão do grupo pendia mais para o procurador regional da República do Distrito Federal, Guilherme Schelb. Parte da frente também chegou a se reunir com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para reclamar mais uma vez da sugestão do educador Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna, depois que seu nome foi veiculado como o provável indicado para a pasta, por considerarem que ele era alinhado com a esquerda.
A indicação do futuro ministro da Educação pegou os deputados da frente evangélica de surpresa porque eles teriam uma nova reunião com Onyx na semana que vem para conversar sobre a pasta.
Para a frente evangélica, o ministério da Educação é considerado como prioritário por acreditarem que o ensino no País estaria deturpado.