O futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, divulgou carta nesta sexta-feira em que diz que fará uma gestão focada em valores tradicionais e preservação da família. “Pretendo colocar a gestão da Educação e a elaboração de normas no contexto da preservação de valores caros à sociedade brasileira, que, na sua essência, é conservadora e avessa a experiências que pretendem passar por cima de valores tradicionais ligados à preservação da família e da moral humanista.”
Segundo ele, a solução para que a educação brasileira tenha “destaque no contexto internacional” é uma política educacional que “olhe para as pessoas”. Por isso, Rodriguez defende dar mais força aos municípios, “onde elas
residem”.
Ele não deixa claro que tipo de medida seria necessária para melhorar a qualidade da educação e nem qual aproximação seria feita da União com as cidades. Atualmente, os municípios são responsáveis pela educação infantil e fundamental. As escolas de ensino médio ficam com os Estados. O Ministério da Educação tem um papel de fazer políticas e dar apoio a Estados e municípios, além de cuidar do ensino superior.
Rodriguez foi indicado nesta quinta-feira à noite pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, depois de ele ter desistido do nome do diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves. A bancada evangélica reagiu à primeira escolha de Bolsonaro e ele acabou indicando um profissional de perfil conservador e que defende políticas como a Escola sem Partido.