O controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, foi denunciado pelo Ministério Público Federal, nesta segunda-feira, mesmo dia em que os pais morreram em um acidente de avião. Adolfo Geo e a esposa Margarida Giannetti Geo morreram quando o avião em que estavam caiu em uma fazenda em Jequitaí, no Norte de Minas. O piloto Marco Aurélio e o co-piloto, identificado apenas como Oliver, também morreram no acidente da manhã de hoje.
O Ministério Público Federal ainda denunciou o controlador do grupo ARG pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional.
Os fatos teriam ocorrido entre setembro de 2011 e junho de 2012, quando o petista já não era presidente. Como Lula já tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu para ele, mas não para o empresário.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal (MPF), estava prevista uma entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, mas, devido a morte dos pais do denunciado o detalhamento à imprensa foi suspenso.
A Lava-Jato afirma que a transação que teria levado ao pagamento de R$ 1 milhão destinado ao Instituto Lula começou entre setembro e outubro de 2011. A Procuradoria relata que Rodolfo Giannetti Geo procurou Lula e solicitou ao ex-presidente que interviesse junto ao mandatário da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, para que o governo daquele país continuasse realizando operações comerciais com o Grupo ARG, especialmente na construção de rodovias.
"As provas do crime denunciado pelo Ministério Público Federal foram encontradas nos e-mails do Instituto Lula, apreendidos em busca e apreensão realizada no Instituto Lula em março de 2016 na Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava-Jato de Curitiba", informou a Lava-Jato. (Com Agência)