O ex-ministro Antônio Palocci pode deixar a cadeia amanhã, devido a um acordo de colaboração com a Justiça que firmou no âmbito da Operação Lava-Jato. O caso dele será julgado pela 8ª Turma Penal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. A defesa pediu revisão de sentença com base nas informações que foram prestadas por ele na investigação. A pena privativa de liberdade pode ser substituída por domiciliar, mediante uso de tornozeleira eletrônica.
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Ex-presidente da Previ diz que acusações feitas em delação de Palocci são falsasPalocci acusa Lula de interferir em fundos de pensãoJuiz federal do DF recebe denúncia contra Lula, Dilma, Palocci, Mantega e VaccariTribunal da Lava-Jato reduz pena e concede prisão domiciliar a PalocciTribunal da Lava-Jato forma maioria por prisão domiciliar para PalocciNo depoimento, ele detalha como contratos para a aquisição de navios-sonda pela Petrobras, para perfuração em áreas profundas no México e na África, foram utilizados em favor da Samsung Heavy Industries Co., construtora dos navios. Em troca de ser beneficiada, a empresa, de acordo com o Ministério Público, repassou propina para políticos do PT. Ao todo, os contratos representam negócios no valor de U$ 1,2 bilhão. Palocci diz que Lula determinou, indevidamente, a cinco gestores dos fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros) a capitalização do “projeto de sondas”, que tinha como objetivo a construção de navios-sonda no Brasil.
Além disso, as declarações de Palocci fornecem informações para, pelo menos, cinco frentes de investigação.
A defesa de Lula nega as acusações. O PT afirma que as “declarações do senhor Palocci tentam incriminar Lula, Dilma e outros dirigentes do PT para obter o prêmio da liberdade, da redução da pena e da posse de recursos os quais é acusado de ter acumulado ilegalmente”.
Doze anos
Antônio Palocci foi condenado, em junho do ano passado, a 12 anos, dois meses e 20 dias por corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, ele negociou propinas com a Odebrecht que, em troca, foi beneficiada com contratos da Petrobras..