A equipe de transição do governador eleito Romeu Zema (Novo) continua analisando os dados da administração de Minas antes de assumir a gestão do estado, a partir de 1º de janeiro de 2019. Segundo o grupo, 85% das receitas está comprometido com o pagamento de pessoal e pagamento de dívida.
Em nota, divulgada nesta quarta-feira, a equipe de classificou a situação como “problema crônico” que tem consequências na inviabilização de novos investimentos e execução de serviços.
“O comprometimento quase integral do orçamento com despesas de pessoal e encargos da dívida inviabiliza investimentos essenciais para a retomada do crescimento e prejudica os serviços prestados aos mineiros, por isso é tão essencial se discutir a redução das despesas com pessoal e a renegociação da dívida com a União”, afirmou o coordenador da equipe de transição, o vereador licenciado Mateus Simões (Novo).
Ainda no levantamento divulgado hoje, o grupo informa que as despesas com juros e amortizações da dívida deve consumir cerca de R$ 8 bilhões. “Minas é hoje o quarto estado mais endividado do Brasil, com razão Dívida Líquida/Receita Corrente Líquida no patamar de 190%”, informa.
Ainda de acordo com equipe de Zema, o total da dívida está em R$ 112 bilhões dividida, principalmente, em R$ 86 bilhões para a União e Banco do Brasil R$ 8 bilhões.
O próprio Romeu Zema já demonstrou preocupação com a dívida do estado. Em reunião com outros governadores eleitos, que se encontraram como o presidente eleito Jair Bolsonaro em meados deste mês, admitiu que a administração do estado é “inviável” caso a dívida não possa ser renegociada e o inchaço da máquina pública for diminuido.
A equipe de transição trabalha com a estimativa de reduzir para cerca de 800 os cargos comissionados na gestão estadual. Atualmente, segundo levantamento da própria equipe de Zema, há mais de 4 mil postos de indicação.