O governo de Minas ainda não definiu se o pagamento do 13° salário ocorrerá de forma integral, parcial ou se será adiado para janeiro, ficando sob a responsabilidade do governador eleito, Romeu Zema.
"A Secretaria de Estado da Fazenda está trabalhando noite e dia para dar conta do fluxo. Ainda não temos uma posição sobre o pagamento integral, parcial ou adiamento", afirma, nesta quarta-feira, o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, que reforçou que, além do benefício do 13°, há ainda que se preocupar com o salário de novembro.
Às 17h, secretários de estado do governo Pimentel se reúnem com a equipe de transição de Romeu Zema. Eles apresentam segundo volume de relatórios com informações sobre o funcionamento e ações do Executivo.
O documento de 3 mil páginas reúne relatórios de 72 órgãos da administração direta e indireta. Além do estágio de cada programa, o relatório traz também os eventuais problemas que a próxima administração poderá encontrar nos primeiros 100 dias de governo, como vencimento de contratos e licitações.
Na reunião desta quarta-feira, será estabelecida também agenda de reuniões setoriais para passar as informações de cada pasta com o secretário e equipe responsável.
As informações desses relatórios entregues ao governo Zema ficarão disponíveis para consulta pública no site transicao.mg.gov.br.
Segundo o atual governo, a criação do site não se trata de resposta à equipe de Zema, que criticou a não entrega de senhas e a dificuldades em obter algumas informações. A equipe do governador eleito tem divulgado relatórios com críticas sobre a administração de Pimentel.
MINAS ARENA
O último relatório apontou dívida milionária do governo de Minas com a Minas Arena, empresa que administra o estádio Mineirão. Com o atraso de 30 meses dos repasses mensais de R$ 8,5 milhões que deveriam ser feitos pelo governo do estado à Minas Arena, as reservas contratuais de R$ 200 milhões do fundo destinado a garantir a parceria público privada (PPP) vão se esgotar em aproximadamente três meses.
“O estado tem problemas de fluxo financeiro, imposto por um défict astronômico da previdência e a questão da dívida pública. A questão da PPP não é consequencia, não é causa direta. E o contrato permite que se execute garantias de modo a manter o funcionamento da PPP. Que é o que está sendo feito. O estado está funcionando, de uma maneira ou de outra”, afirma o secretário de Estado da Casa Civil, Marco Antônio Rezende Teixeira.
A assessoria de Zema informou que recebeu o relatório e se pronunciará a respeito depois de analisar seu conteúdo.