O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi preso na manhã desta quinta-feira no Rio de Janeiro no Palácio Laranjeiras, residência oficial dos governadores fluminenses. A ordem de prisão preventiva partiu do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Pezão é acusado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato de receber mesada de R$ 150 mil quando era vice do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB).
Conforme a Polícia Federal, além dos R$ 150 mil, Prezão recebeu também uma gratificação de final de ano, um bônus de R$ 1 milhão.
Pezão, do MDB, foi eleito governador em 2014 e terminaria seu mandato no final deste ano.
Vice de Cabral
Pezão foi vice de Cabral entre 2007 e 2014. O ex-governador fluminense já está preso desde novembro de 2016, condenado a mais de 180 anos de prisão. A Operação Lava-Jato atribui a Sérgio Cabral o comando de um esquema milionário de corrupção e propinas.
A operação da manhã desta quinta-feira foi batizada de Boca de Lobo e foi baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Cabral.
De acordo com a Polícia Federal, a Operação Boca de Lobo investiga os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, cometidos pela cúpula da administração do governo do estado do Rio de Janeiro.
Busca e apreensão
A Polícia Federal ainda realiza ações de busca e apreensão no prédio do governador e também há agentes no Palácio Guanabara, sede administrativa do governo fluminense, e no Palácio Laranjeiras. Os policiais estão também na casa de Pezão em Piraí, no Vale do Paraíba, na Região Sul fluminense.
Há ainda mandados contra o ex-secretário de Obras do estado do Rio Hudson Braga e dois homens apontados como operadores de um complexo esquema de segurança.
As operações começaram por volta das 6h da manhã envolvendo pelo menos três viaturas e helicópteros que sobrevoam a região.
Quarto governador preso
Pezão é o quarto governador do Rio de Janeiro preso e o primeiro em cumprimento do mandato. Os ex-governadores Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Sergio Cabral também foram presos. Anteriormente, ainda foram presos o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (MDB) e vários parlamentares da Casa. ( Com agências)