As investigações da Operação Boca de Lobo da Polícia Federal (PF), que prendeu o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), na manhã desta quinta-feira, 29, apontaram o desvio de pelo menos R$ 40 milhões, de 2007 até o início das investigações, em julho passado. A informação é do superintendente da PF no Rio, Ricardo Saadi.
As investigações da PF apontaram que Pezão sucedeu o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), condenado e preso em outras fases da Operação Lava Jato, não apenas no cargo, mas também como chefe da "organização criminosa" que atuaria no governo do Estado do Rio. Pezão teria apenas passado a usar outros operadores administrativos e financeiros, disse o delegado federal Alexandre Bessa, responsável pela investigação.
O ponto de partida, segundo os delegados da PF, foram documentos colhidos em etapas anteriores da Operação Lava Jato do Rio, a Calicute e a Eficiência, além do depoimento em delação premiada de Carlos Miranda, tido como operador do ex-governador Cabral.
"Identificamos que de fato a hipótese levantada pelas delações foram corroboradas por elementos externos e independentes", afirmou Bessa, em entrevista coletiva.
Na delação premiada, Miranda disse que Pezão recebia mesada de R$ 150 mil por mês, com direito a 13º pagamento, quando era vice-governador, entre 2007 e 2014. Esses valores estão incluídos nos valores apurados pela PF, somados a recebimentos posteriores. Segundo Bessa, a investigação coletou 22 anotações sobre Pezão.
A cobrança de propina em contratos com fornecedores e prestadores de serviços, na média de 5% sobre os valores contratados, se manteve durante a gestão Pezão. Bessa afirmou que contatos telefônicos e outros indícios apontam que a prática continuou até o início das investigações.
"O esquema era muito pujante até a crise econômica, mas sempre permaneceu", afirmou o delegado, completando que as cobranças em cima das empresas eram fortes. No Rio, a PF evitou informar nomes de pessoas e empresas, mas informou que uma das operações investigadas foi uma licitação de R$ 100 milhões. Bessa citou obras de pavimentação como exemplo de licitações com propina.
As investigações da PF apontaram que Pezão sucedeu o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), condenado e preso em outras fases da Operação Lava Jato, não apenas no cargo, mas também como chefe da "organização criminosa" que atuaria no governo do Estado do Rio. Pezão teria apenas passado a usar outros operadores administrativos e financeiros, disse o delegado federal Alexandre Bessa, responsável pela investigação.
O ponto de partida, segundo os delegados da PF, foram documentos colhidos em etapas anteriores da Operação Lava Jato do Rio, a Calicute e a Eficiência, além do depoimento em delação premiada de Carlos Miranda, tido como operador do ex-governador Cabral.
"Identificamos que de fato a hipótese levantada pelas delações foram corroboradas por elementos externos e independentes", afirmou Bessa, em entrevista coletiva.
Na delação premiada, Miranda disse que Pezão recebia mesada de R$ 150 mil por mês, com direito a 13º pagamento, quando era vice-governador, entre 2007 e 2014. Esses valores estão incluídos nos valores apurados pela PF, somados a recebimentos posteriores. Segundo Bessa, a investigação coletou 22 anotações sobre Pezão.
A cobrança de propina em contratos com fornecedores e prestadores de serviços, na média de 5% sobre os valores contratados, se manteve durante a gestão Pezão. Bessa afirmou que contatos telefônicos e outros indícios apontam que a prática continuou até o início das investigações.
"O esquema era muito pujante até a crise econômica, mas sempre permaneceu", afirmou o delegado, completando que as cobranças em cima das empresas eram fortes. No Rio, a PF evitou informar nomes de pessoas e empresas, mas informou que uma das operações investigadas foi uma licitação de R$ 100 milhões. Bessa citou obras de pavimentação como exemplo de licitações com propina.