A petição encaminhada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão do governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), informa a existência de 25 bilhetes que citam o governador ou codinomes ligados a ele ao lado de valores que, somados, chegam a R$ 2,2 milhões. Além disso, há uma transcrição de conversa telefônica em que Pezão considera interceder em favor de Sergio Cabral junto à direção do presídio Bangu 8, onde o ex-governador cumpre pena.
O documento tem 151 páginas e estava sob sigilo, que foi levantado nesse sábado pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foi ele quem autorizou a prisão de Pezão.
Leia Mais
MP fluminense faz bloqueio de R$ 8,9 mi em bens de Pezão'Calço 42, cada um que pague pelos seus crimes', diz Bolsonaro sobre PezãoCom Pezão preso, fica exposta a política 'arrasada' no RioColuna do Baptista Chagas de AlmeidaEm outro trecho da petição, a procuradora Raquel Dodge transcreve uma conversa telefônica em que Luiz Fernando Pezão considera ajudar Sergio Cabral. A conversa aconteceu em julho, logo após Cabral se desentender com procuradores que faziam uma inspeção em Bangu 8 e, por conta disso, ter sido encaminhado para outra cela. Na conversa, Pezão se compromete a "entrar no circuito".
Segundo a peça assinada por Raquel Dodge, a conversa telefônica mostraria que "as atuais ligações de Pezão com a organização criminosa segue ativa ainda hoje" e que o governador "desfruta de vínculos com o condenado e associado Sergio Cabral".
Preso na quinta-feira, 29, Pezão está detido na Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói.