O senador eleito e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, não vai interferir nas eleições para o comando da Câmara e do Senado, mas que "não há a menor condição de apoiar Renan Calheiros (MDB-AL) para a presidência do Senado." Flávio, que é filho de Jair, foi o entrevistado do programa Central das Eleições, da GloboNews, na noite desta segunda-feira, 3.
O senador eleito disse que Renan "precisa entender esse momento que o Brasil está vivendo" e que o perfil de um presidente do Senado "é uma pessoa ficha limpa, que conheça a Casa e que esteja alinhado com o perfil de renovação que o Brasil está pedindo".
Flávio questionou o que Renan teria a oferecer aos senadores, uma vez que não vai ter a máquina do governo ao seu lado. "Todos esses candidatos, com exceção do Renan, certamente têm tudo para chegar a uma convergência para fazer frente real a essa força do Renan Calheiros", disse, citando os nomes de Davi Alcolumbre (DEM-AP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Alvaro Dias (Pode-PR) como possíveis presidentes da Casa.
Sobre a Câmara, Flávio disse que há uma certa resistência ao nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Casa. "Maia já teve seu tempo à frente da Câmara, não conseguiu garantir o quórum suficiente para a votação da reforma da Previdência. Novo momento do Brasil pede um presidente inédito."
Sobre a articulação política com o Congresso, o senador eleito disse que será dividida entre o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o general Alberto dos Santos Cruz, futuro ministro da Secretaria de Governo, mas que o trabalho será feito por todos que quiserem ajudar.