O senador eleito e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que não está no radar do futuro governo a não aprovação da reforma da Previdência em 2019. Contudo, o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que o envio do projeto da reforma ao Congresso não será o primeiro ato da gestão. As declarações foram dadas no programa Central das Eleições, da GloboNews, na noite dessa segunda-feira, 3.
Leia Mais
PEC da reforma da Previdência deve ser enviada ao Congresso até 15 de janeiroDoria diz que governadores prometeram apoiar reforma da PrevidênciaWellington Dias defende novo projeto de reforma ampla da PrevidênciaBolsonaro busca apoio das bancadas do PSDB e PRTSE julga prestação de contas da campanha de Bolsonaro nesta terça-feiraBolsonaro embarca para Brasília, onde encontrará Tereza Cristina e parlamentaresSegundo Flávio, o presidente eleito defende uma proposta inovadora para a reforma da Previdência, diferente da apresentada pelo governo atual, que está em tramitação na Câmara.
"Como se vai exigir que um trabalhador rural, que um cortador de cana, se aposente com 65 anos? Aquelas profissões que são mais burocráticas poderiam estender trabalhando por mais tempo. Técnicos estão chegando a uma redação final , está bem adiantado, olhando para esses trabalhadores de forma diferenciada."
Decretos
O senador eleito não listou assuntos que serão objeto de decreto presidencial de Bolsonaro no início do mandato, mas disse que os temas prioritários são a desburocratização, facilitar o empreendedorismo e "inaugurar marcos na questão ambiental que permitam a exploração do meio ambiente, mas preservando-o".
"Ele cita como exemplo locais no Brasil que poderiam ser como Cancún, no Rio de Janeiro, na região dos Lagos, mas que não há investimento na rede hoteleira, na qualificação da mão de obra de pescadores para migrarem para o turismo por causa de amarras ambientais."
Segundo Flávio, para chefiar o ministério do Meio Ambiente há três nomes colocados.
Israel
Sobre a mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, Flávio repetiu que já é uma decisão tomada. Ele explicou que Jerusalém é capital para o governo israelense, e como Jair Bolsonaro reconhece o governo israelense, seria algo lógico a mudança da embaixada.
Grandes parcerias devem ocorrer com Israel com essa reaproximação, segundo Flávio, o que não exclui os negócios com os países árabes..