Os deputados estaduais aprovaram na tarde desta terça-feira, em primeiro turno, o Projeto de Lei 5456/2018, de autoria do Executivo, que cria o Fundo Extraordinário de Minas Gerais (Femeg), voltado para o pagamento de dívidas deixadas pelo atual governo para o próximo ano.
O placar foi de 23 votos favoráveis e 22 contrários. O texto ainda precisa ser aprovado em segundo turno para ser encaminhado para sanção do governador Fernando Pimentel (PT). Durante as discussões a sessão teve que ser suspensa para que se chegasse a um acordo que permitisse a votação.
Leia Mais
Dívidas do estado com municípios deixam prefeitos de joelhos por dinheiro em MinasPrefeitos de Minas pedem ajuda do MP para garantir repasse de verbas do estado Prefeitos de Minas fazem novo protesto por repasse de verbasVotação de projeto que cria fundo extraordinário tem protesto e vaias de prefeitos na ALMGMG está em lista de 11 governos que podem deixar estados sem caixaTSE rejeita pedido de cassação de Fernando Pimentel
O argumento de quem é contrário ao projeto é que ele apenas cria uma expectativa de recursos para evitar que Fernando Pimentel seja enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que proíbe um governante de deixar dívidas para o sucessor, exceto se houver previsão de receitas no caixa.
Já os defensores da medida, afirmam que o Femeg, diferentemente do que pensam os contrários ao texto, já tem recursos garantidos e que, por isso, o fundo apenas cria uma destinação dentro do cofre do estado.
Também foram aprovadas na votação as emendas de números 1 da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e 2, da Comissão de Fiscalização Financeira (FFO).O projeto determina que o fundo terá função de garantia. A Secretaria de Estado de Fazenda será o órgão gestor e o agente executor do fundo, sendo que o agente financeiro será o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
.