O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, chamou de "bênção" a abertura de uma investigação, autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para apurar denúncias de pagamentos de caixa dois da JBS a ele, nas campanhas de 2012 e 2014.
"Para mim é uma bênção porque vai permitir que tudo se esclareça", disse Onyx nesta terça-feira, 4, após deixar uma reunião com a bancada do PSDB na Câmara. "Não tenho nenhum problema com isso. Ao contrário, é a chance de resolver." Mais tarde, após se encontrar com deputados do PSD e também pedir apoio ao governo de Jair Bolsonaro, Onyx disse ter "preocupação zero" com as apurações. "Já resolvi minha questão espiritual. Entre carregar mancha e ter uma cicatriz, fico com a cicatriz. Sempre fui um combatente contra a corrupção e vou continuar sendo", emendou ele.
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Justiça nega recurso e mantém condenação de Anthony Garotinho'A história do café frio é verdade', diz Temer sobre fim de seu governoMaioria vota para negar ação do PT contra Bolsonaro; Fachin pede vistaEm 2016, Onyx foi relator do projeto que tratava das dez medidas de combate à corrupção. Deputado do DEM, ele produziu um parecer que vetava qualquer tipo de anistia ao caixa 2. Em maio do ano passado, no entanto, executivos da JBS o citaram em delação premiada. Onyx chegou a admitir ter recebido R$ 100 mil em caixa 2, para quitar despesas da campanha de 2014, e pediu desculpas aos eleitores do Rio Grande do Sul. "Vou, diante das autoridades, pagar pelo erro que cometi", afirmou ele, na ocasião. Onyx sempre negou ter recebido recursos ilegais na campanha de 2012..